Semeadura atrasa também no Tocantins

Sua projeção é de que até o final de dezembro toda a área estará cultivada, mas considera que o atraso poderá não permitir que as variedades expressem toda sua produtividade.

Colheita começará mais tarde nos três principais estados brasileiros produtores de arroz

Se o Rio Grande do Sul e a região Sul de Santa Catarina já têm confirmado o atraso na semeadura de suas lavouras de arroz para a semeadura 2017/18, no terceiro maior estado produtor do cereal a situação não é muito diferente. A falta de chuvas no Sudoeste do Tocantins em outubro impediu o plantio das áreas, que só começaram a ser semeadas com o retorno da normalidade climática em novembro.

Daniel Fragoso, pesquisador da Embrapa que atua no Tocantins, explica que por causa do atraso, os produtores estão plantando dia e noite quando há janelas de clima que permitem a entrada das máquinas nas lavouras. Sua projeção é de que até o final de dezembro toda a área estará cultivada, mas considera que o atraso poderá não permitir que as variedades expressem toda sua produtividade.

Atualmente, Formoso do Araguaia já está com 40% das lavouras formadas, enquanto a região de Lagoa da Confusão e Dueré gira em torno de 30% o plantio.

Numa região que usou a variedade Irga 424 e sua versão RI na temporada passada em mais de 85% da área, a novidade para a nova safra é de as variedades da Embrapa alcançarem este novo patamar. Acontece que as variedades gaúchas perderam a resistência ao fungo que causa a doença brusone. Em algumas propriedades até oito aplicações de fungicidas aconteceram na safra passada para controlar a doença, o que aumentou em muito o custo. “A pressão do fungo aqui no Brasil central é muito grande, são mais de 20 raças que causam a brusone e outras doenças. Eles são muito fortes”, reconhece Fragoso.

BRS Catiana, BRS Tropical e BRS Pampeira – que receberão também a versão CL, em parceria com a Basf para 2018/19, são as variedades que predominam este ano. Diversas unidades de observação foram distribuídas pelas zonas de produção para apurar o desempenho das cultivares.

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