Labgrãos participa de evento para arrozeiros do Tocantins
Leandro Pasqualli, da RiceTec, destaca que eventos como estes são necessários para orientar os produtores que ainda buscam as melhores técnicas de produção.
A produção de 676 mil toneladas na safra 2016/2017, conforme dados da Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária (Seagro), confirmou a posição do estado do Tocantins como o terceiro maior produtor de arroz no Brasil. Preocupada em auxiliar os produtores a expandir a área plantada e a produção mantendo a qualidade do grão produzido no estado, a empresa RiceTec realizou na semana passada, no dia 18/01, no município de Lagoa da Confusão, o evento “Da Semente ao Grão”, no qual o Labgrãos foi representado pelo professor Nathan Vanier.
O diretor da RiceTec, Leandro Pasqualli, destaca que eventos como estes são necessários para orientar os produtores que ainda buscam as melhores técnicas de produção para o clima e o relevo do estado. “O cultivo do arroz é recente no Tocantins, assim como toda a infraestrutura e conhecimento, portanto encontros como este deixam claro aos produtores a necessidade de tomar alguns cuidados especiais para garantir mais competitividade ao grão produzido no estado, seja no mercado nacional ou internacional”, comenta.
E foi exatamente nesta linha que o professor Nathan Vanier dirigiu sua palestra intitulada “Manejo agronômico pré- e pós-colheita para obtenção de arroz com qualidade industrial superior”. Em sua explanação, o professor explicou aos produtores uma série de aspectos considerados fundamentais para garantir a qualidade do arroz tocantinense. “Diversos fatores interferem na qualidade do arroz. A correta adubação nitrogenada, a manutenção da temperatura abaixo daquela considerada crítica para o período de maturação, via manejo d’ água de irrigação e escolha de período de semeadura, e a realização da colheita com grau de umidade recomendado são exemplos de aspectos pré-colheita a serem observados”, comenta.
Em relação aos aspectos de pós-colheita, o professor explica que a secagem é um ponto-chave para que o arroz apresente bom rendimento de grãos inteiros no beneficiamento. “Os produtores e armazenistas devem manter a temperatura da massa de grãos abaixo de 38°C durante a secagem e conduzi-la de forma intermitente, tendo em vista a suscetibilidade do arroz ao dano térmico”, afirma. O professor explica que são dois os principais fatores responsáveis pela quebra dos grãos na operação de polimento, reduzindo o rendimento de grãos inteiros na indústria: o gessamento dos grãos ocorrido por estresses pré-colheita e a formação de fissuras durante a secagem.
Tanto para os executivos da RiceTec, como para os produtores que participaram do evento, a parceria com instituições de ensino e pesquisa como a Universidade Federal de Pelotas e a Embrapa é fundamental para qualificar a produção e melhorar, especialmente, as técnicas de pós-colheita capazes de abrir novos mercados para o arroz do Tocantins. “São essas parcerias entre empresas como a RiceTec e instituições de pesquisa que tornarão o produto local mais competitivo”, admite Pasqualli.