Com produção 10% menor, RS inicia a colheita

Governo federal sinaliza com possibilidade de prorrogar parcelas de custeio.

O Rio Grande do Sul abriu oficialmente nesta sexta-feira (23) a colheita do arroz. Autoridades, entre as quais o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, e o governador, José Ivo Sartori, estiveram presentes na cerimônia, realizada na Estação Experimental do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Mostrar ao secretário Neri toda gravidade e o ambiente hostil ajuda a dar outra velocidade aos pedidos, entende Henrique Dornelles, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado.

A colheita está estimada em 7,8 milhões de toneladas, redução de 10% em relação ao ciclo passado. Os altos estoques têm, no entanto, derrubado os preços do cereal, mesmo no período da entressafra. Com custos de produção acima do valor mínima da saca, de R$ 36,01 e pressionados pelo endividamento, produtores pedem ações do governo. Geller sinalizou com a possibilidade de prorrogação das parcelas de custeio.

Os arrozeiros buscam ainda aquisições do governo federal e novos leilões, para enxugar a oferta. Outro ponto importante é incentivar o consumo do cereal, que caiu 10,3 quilos por habitantes em 20 anos no país.

6 Comentários

  • Não adianta quebra se a Indústria já colocou o preço no arroz à dois meses atrás , infelizmente estamos dominados por um cartel que se reúne toda semana para tomarem ações conjuntas para se beneficiarem , foi assim que todos simultaneamente criaram a tabela idêntica diferente da oficial e assim quebraram os prestadores de serviço de secagem, foi assim quando ano passado resolveram criar uma tabela idêntica de descontos de barriga branca para acabar com o 424 e só receberem arroz de qualidade sem pagar nada mais por isso , foi assim que colocaram no preço o Funrural e o CDO para parecerem que estão pagando mais pelo arroz e assim enganando as autoridades.
    Nossa indústria não tem capacidade de se inovar e aumentar produtividade como os produtores então preferem ganhar em cima do casca , por isso fazem CPR aos montes com os produtores para receberem o máximo possível de produto e assim manipularem o mercado .

  • Os produtores fazem CPR porque querem. As indústrias são espertas, os produtores não são. Quem pode mais chora menos. O preço do arroz só está abaixo do custo de produção porque se gasta demais pra produzir, altos impostos, alta tecnologia geram despesas. O preço normal do arroz sempre foi entre 10 e 12 dólares, portanto está normal.

  • Pena, mais um comentário censurado. Se foi a liberdade de expressão.

  • Marcos Hanus só tu que não sabe que existe em inflação em dólar ou seja desde o início do Plano Real o dólar teve mais de 60% de inflação , quer dizer que 10 dólares hoje seriam 16 dólares , lembre que o sonho do salário mínimo era U$ 100 dólares e hoje está mais de 300 .
    Pega o preço dos insumos , agroquímicos , diesel e máquinas para ti ver quanto aumentou em dólar ou tu quer que o arroz seja eternamente taxado em dez dólares ? É só faltar produto como em 2016 que a teoria dos dez dólares vai por água baixo.

  • Com o Paraguai vizinho de porta, continua a lógica dos dez dólares. Esse é o preço que os paraguaios vendem arroz ao Brasil. Ou aprendemos a produzir a este preço, ou o arroz será o novo trigo, no Brasil.

  • Não tem como aprender num pais que o custo sobe em dolar, pra vender a 10 dolares o dolar tinha que estar 4,50 mas acho que o caminho é esse mesmo, virar um trigo, a diferenca que o Paraguay esta mais perto de SP as industrias vão ter que se mudar pra lá e os campos de arroz aqui virarão soja ou pecuária, se é esse o desejo do cartel, que assim seja

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