Pesquisadores lançam nova cultivar de arroz vermelho

A nova cultivar foi adaptada aos climas subtropicais do sul dos Estados Unidos e pode ser cultivada no Uruguai e na Argentina.

Scarlett, uma nova cultivar de arroz vermelho de grãos inteiros e com um sabor rico, que lembra nozes, será lançado ainda este ano graças ao trabalho colaborativo de pesquisadores da Universidade de Cornell e do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Segundo os pesquisadores a cultivar de arroz vermelho tem alto volume de nutrientes e o farelo contém altos níveis de antioxidantes e flavonóides comuns em grãos e frutas vermelhas.

"Se as pessoas acharem que o arroz integral é nutritivo e delicioso, esse arroz é ainda melhor", disse Susan McCouch, professora de melhoramento de plantas e genética, que co-desenvolve a Scarlett com a colaboradora Anna McClung, diretora e líder de pesquisa do Dale Bumpers do Departamento de Pesquisa Agrícola do USDA Centro Nacional de Pesquisa de Arroz em Estugarda, Arkansas, EUA

McCouch e sua equipe foram responsáveis ​​pelo cruzamento entre os dois tipos de arroz e a análise genética, enquanto McClung realizou a avaliação fenotípica e fez a seleção final de reprodução.

Os ensaios de campo dos pesquisadores mostraram que Scarlett teve alto rendimento e é resistente a doenças, enquanto também crescia bem em condições orgânicas. A cultivar está sendo comercialmente produzida e estará disponível para o público consumidor no final deste ano, disseram os pesquisadores.

Scarlett é uma cruza entre uma variedade japonesa japonesa de grãos longos, denominada "Jefferson" e uma estirpe de Oryza rufipogon, o antepassado selvagem do arroz asiático, coletado na Malásia. Os pesquisadores avaliam que será a primeira vez que uma variedade de arroz cultivado com um pericarpo vermelho (a camada de farelo da semente) será lançada nos Estados Unidos.

A nova cultivar de arroz vermelho foi adaptada aos climas subtropicais do sul dos Estados Unidos e também pode ser cultivada no Uruguai e na Argentina. McCouch disse que a variedade também pode ser cultivado em partes da África Ocidental e da Ásia, mas a qualidade dos grãos pode não ser preferida pelas pessoas nessa região.