Doença está prejudicando a produção de arroz na Venezuela

A produção de arroz na campanha de 2018-19 está prevista em 140.000 toneladas, uma queda de 49%.

Uma devastadora doença de queima de panículas afeta as principais regiões produtoras da Venezuela deve contribuir para a menor produção de arroz beneficiado naquele país desde 1972, de acordo com um relatório da Rede Global de Informações Agrícolas (GAIN) de 9 de abril. o Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

A produção de arroz na campanha de 2018-19 está prevista em 140.000 toneladas, uma queda de 49%, de 275.000 toneladas em 2017-18 e em comparação com 305.000 toneladas em 2016-17, de acordo com o USDA.

A doença também está prevista para ter um impacto sobre a área colhida para o arroz, com previsões para 2018-19 a 70.000 hectares, abaixo dos 135.000 hectares em 2017-18.

"De acordo com a FEDEAGRO (Federação de Agricultura da Venezuela), será difícil projetar o impacto exato da doença até a última metade do ciclo de cultivo de arroz durante o estágio de enchimento / maturação de grãos", disse o USDA. "No entanto, os resultados graves são prováveis, dada a falta de insumos químicos para controlar e / ou mitigar os impactos da doença."

Quase todo o arroz produzido na Venezuela é consumido pelos seres humanos. Segundo o USDA, o consumo interno total está previsto em 440.000 toneladas em 2018-19, uma queda de 22% em relação a 2017-18. A agência observou que a escassez de produtos e o declínio do poder de compra da hiperinflação são as principais restrições ao consumo.

"O baixo poder aquisitivo, a escassez de produtos e a hiperinflação estão levando as pessoas a mudar para substitutos de carboidratos mais baratos, como banana-da-terra, mandioca, batatas e outros", disse o USDA. A Venezuela tem sido um dos principais destinos do arroz brasileiro. (Com agências internacionais)