NOTA AOS ORIZICULTORES E À POPULAÇÃO
Primeiramente, tem-se que a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) reconhece a legitimidade da greve dos caminhoneiros realizada em todo território nacional, sobretudo durante os dias 21 a 26 de maio de 2018.
Parcela importante dos arrozeiros do Rio Grande do Sul não somente apoiou, mas também aderiu ao referido movimento, em virtude do mesmo sentimento de irresignação pela indiferença dos governantes, políticos e administradores frente aos constantes aumentos de custo de produção.
O setor de transportes está passando pelo mesmo problema enfrentado pelos orizicultores há décadas, agravado pela recessão vivida pelo país.
A Federarroz possui a plena clareza que a oferta e demanda são preponderantes nas economias de livre mercado. Entretanto, faz-se a ressalva que essa premissa, oferta e demanda, somente funciona adequadamente, e com justiça, quando em ambiente equilibrado, onde monopólio, ou mesmo oligopólios, são devidamente observados, através de adequada fiscalização, ou então, quando a economia não sofre choques constantes, como os ocorridos com diesel e energia elétrica.
Produzir arroz no Brasil tem sido um desafio. Mesmo possuindo a segunda maior produtividade mundial em mais de um milhão de hectares cultivados, o produtor gaúcho está sem renda e encaminha-se para profundo endividamento.
Custo mais alto em relação aos concorrentes é o principal problema, o famoso “contencioso Mercosul”. Entretanto, a fiscalização ineficiente, tanto nas fronteiras quanto nas gôndolas também contribui para este cenário. Além disso, política de Estado do Rio Grande do Sul com a manutenção de ICMS prejudicial ao escoamento da produção e a falta de investimento no Porto de Rio Grande obrigam ao produtor abrir mão de renda, ou pior, aumentar o prejuízo, para custear a máquina pública ineficiente e indiferente às dificuldades de quem produz.
Todavia, tem-se que a Federarroz, ciosa de sua missão institucional, recomendou às Associações ligadas a Federarroz que busquem retomar a normalidade de suas atividades, de modo que deixem de acompanhar o movimento dos caminhoneiros, na medida em que, salvo melhor juízo, os contornos da necessária legitimidade grevista estão sendo ultrapassados. Corrobora isso o fato do Governo Federal ter emitido esforços para atendimento da ampla pauta do caminhoneiros, que de certa forma, também beneficiou agricultores com a redução do diesel.
A Federarroz está buscando a realização de audiência pública junto a Assembleia Legislativa, de modo que o setor poderá demonstrar coesão e união na busca por soluções da lavoura junto aos Governos Federal e Estadual.
Certo da compreensão dos orizicultores e esclarecimentos à população, acerca do teor da presente manifestação, despeço-me rogando votos de estima e apreço.
Atenciosamente,
Henrique Dornelles
Presidente da Federarroz
5 Comentários
De fato, é de bom senso que os arrozeiros se afastem deste movimento que agora virou anarquia, perdeu o norte e permitiu que baderneiros, marginais e infiltrados de esquerda assumissem atitudes terroristas com intimidação e agressões a maioria dos caminhoneiros que já desejam voltar a trabalhar.
Os prejuízos aos produtores rurais, principalmente no setor leiteiro , suínos, bovinos e aves já é imenso,
Com certeza a maioria da população em poucos dias se voltará contra estes que agora perderam toda a legitimidade na luta por reivindicações justas, pois desabastecimento de combustível, alimentos, gás, remédios e situações que colocam a vida de pessoas em riscos não serão tolerados por pessoas de bem, o BRASIL NÃO PODE VIRAR UMA VENEZUELA!!!
Exercito nas ruas SIM, mas para conter a baderna ideológica terrorista de esquerda e NÃO para intervir militarmente no governo!!!!
Estamos virando uma VENEZUELA ao natural! Sustentando estes governos, de todos os partidos, que só se preocupam em gastar e se perpetuar no esquema.Se não houver a redução do custo Brasil, diversas atividades se tornarão inviáveis muito em breve! SINTO VERGONHA DE POSICIONAMENTOS COMO ESTE, ENGAJADOS NA MANUTENÇÃO DE UM SISTEMA TOTALMENTE FALIDO.
Determinadas pessoas deveriam ter vergonha da sua falta de informação, alienação, radicalismo e capacidade de interpretar pensamentos individuais que em nenhum momento defende governos corruptos, porém compactuar com anarquia não condiz racionalmente com agricultores que em todas as instâncias visam a melhoria de sua classe. E AO MEU VER, A MAIOR VERGONHA É A PREPOTÊNCIA DE INDIVÍDUOS DE VISÃO MÍOPE MANIFESTAREM-SE COMO SE FOSSEM OS ÚNICOS CONHECEDORES DAS SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DA CLASSE!!!
Eu sou da opinião que só o AMOR constrói… Por isso sou contra qualquer forma de tomada pelo uso da força. E mesmo porque isso não vai acontecer a menos que se instaure o verdadeiro caos no país. Por outro lado, face a informação, a internet, o whatsup e outras ferramentas os cidadãos brasileiros estão se politizando. E esse é o caminho natural. De tudo que vi e ouvi nesses dias de greve conclui que o país precisa de uma ampla reforma administrativa, fiscal e tributária. Não dá mais para que se almeje o crescimento econômico e social do país manter esse elefante branco chamado Brasil. Me desculpem os que pensam ao contrário, mas a máquina pública precisa ser ‘desinchada’ imediatamente. Temos que reduzir e renovar os políticos de federal a municipal…. menos senadores, deputados, vereadores, assessores, etc. … isso geraria menos corrupção e mais eficiência. Penso que autarquias e fundações administrada pelos entes da Federação deveriam ser extintas e o mercado deveria assumir seu papel relevante na Economia. Os poderes (legislativo, judiciário e executivos deveriam necessariamente passar por um processo de enxugamento de mordomias. Uma reforma previdenciária tem que ser feita urgentemente, pois não é possível que aposentados, viúvas e pensonistas recebem quase 100 mil reais por mês. As empresas públicas deveriam ser totalmente privatizadas e isso geraria o fim desse modelo neoliberalista que gera o monopólio das Estatais no país. Deveriamos criar uma espécie de IVA brasileiro (18%, sendo 6% prá União, 6% Estados e 6% municipios) e extinguir todos os demais tributos. Esse tributo incidiria sobre as mercadorias e serviços. E uma tributação progressiva do IRRF em que todos os brasileiros pagassem o imposto independente da renda. O IRRF também deveria ser dividido entre municipios, estados e união. Com essas medidas fortaleceriamos a produção nacional e a geração de empregos. Desoneração completa dos impostos de exportação e oneração das importações para incentivar o produtor nacional a exportar e a produzir aquilo que ainda não produzimos aqui. Se queremos um país melhor temos que começar a mudar a nossa visão. As coisas não acontecem do dia para a noite. Tudo é lento e ninguém tem uma fórmula mágica. Mas se um modelo não está funcionando temos que acreditar que pessoas novas com idéias novas podem contribuir para a pacificação do Brasil. Respeito os que pensam diferente. Abraços.
Ótimo comentário Flávio. Mas os políticos e funcionários públicos de alto escalão não concordam com você. É são eles que governam o país.
Estamos sem saída. Nosso exército é escravo do presidente é da nossa podre constituição federal, feita por políticos.
Apoio uma intervenção militar inconstitucional. Fora presidente, deputados senadores, abaixo ao STF.