Indicador de preços mundiais do arroz da FAO sobe mais 1,5% em junho
Cotações internacionais no primeiro semestre de 2018 foram 15,2% mais elevadas do que em 2017.
O indicador de preços mundiais do arroz da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) – 2002-2004 = 100 – alcançou a média de 231,6 pontos em junho de 2018, registrando alta de 1,5% sobre o seu valor de maio. A evolução foi impulsionada, segundo Shirley Mustafa, economista senior da FAO em Roma (Itália), por um aumento de 5,2% no Índice referente ao arroz Japônica, embora mais fortes cotações também tenham sido registradas nas variedades aromáticas da Tailândia, em 0,5% no mês.
Em contrapartida, Mustafa observa que os preços do Índica diminuíram em 1,4% em junho.
Os aumentos de preços foram mais evidentes no mercado de grãos médios (Japônica) dos Estados Unidos e no segmento aromático da Tailândia durante junho.
As cotações dos grãos médios registraram um salto mensal de 9,6% nos Estados Unidos, para bater em US$ 990 por tonelada, o seu nível mais alto desde novembro de 2014. Na Tailândia, um aumento mensal de 5% colocou os valores de junho do arroz Hom Mali num recorde de US$ 1.246 por tonelada.
Em ambos os casos, o aumento deveu-se às disponibilidades de exportação cada vez mais apertadas, decorrentes das deficiências de produção ocorridos em 2017.
Entre os fornecedores de arroz Índica, a FAO observa que ganhos também foram registrados no Brasil, onde as cotações subiram para o valor máximos de cinco meses, alimentada por uma colheita menor em 2018, um ritmo acelerado das exportações e os custos de frete mais elevados.
Mas, em vez disso, os preços tendem a diminuir no Paquistão, Tailândia e Vietnã, após um abrandamento das atividades comerciais e, nos dois primeiros, depreciações cambiais. Nos mercados parboilizado indianos e tailandeses, pressão adicional nas cotações resultou de perspectivas de menores vendas para Bangladesh, após a reintegração dos direitos de importação mais elevados pelo Governo de Bangladesh no início do mês.
De acordo com o Índicador de Preços Mundiais do Arroz da FAO, as cotações internacionais no primeiro semestre de 2018 foram 15,2% mais elevadas do que seus níveis no período correspondente de 2017.
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