Farsul e Mapa buscam soluções para os problemas da orizicultura

A Farsul, juntamente com os sindicatos rurais, irá realizar um mapeamento dos prejuízos.

Preço mínimo, assimetrias do Mercosul e perdas dos produtores com as chuvas pautaram a reunião da Farsul, Federarroz e Irga com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, nesta quarta-feira (16). No encontro, ficou definido que a Conab virá ao Rio Grande do Sul para realizar um levantamento dos custos de produção do arroz com o acompanhamento das entidades. Esses dados são fundamentais para a composição do preço mínimo e a última pesquisa havia sido feita há quatro anos, o que a torna extremamente defasada.

O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, apresentou os problemas e fraquezas no cálculo para estipular o preço mínimo e como isso afeta os programas de governo. Outro levantamento realizado pela Farsul referenciou o debate sobre como o produtor é prejudicado com as atuais políticas do Mercosul que acabam por gerar assimetrias. A importação de produtos que utilizam insumos não autorizados no Brasil e a alta taxação dos agroquímicos que acabam por encarecer e tirar a competitividade da produção agrícola nacional foram alguns dos temas. Até mesmo peças e fertilizantes brasileiros acabam sendo comercializados por valores mais baixos no exterior em decorrência dessas regras.

Conforme o secretário de Política Agrícola do Mapa, Eduardo Sampaio Marques, a ministra Tereza Cristina já conhecia o estudo da Farsul e demonstra preocupação com a situação no bloco econômico. “Nos foi dito que após ter confirmado nossas informações, o governo está procurando os obstáculos existentes para corrigi-los”, comenta Antônio da Luz. O economista lembra que essa assimetria não acontece apenas na cadeia do arroz, mas também no milho, trigo e vitivinicultura. Na próxima terça-feira (22), ficou agendado um novo encontro para dar continuidade aos debates.

As perdas geradas pelas fortes chuvas do início do ano também foram discutidas. A Farsul, juntamente com os sindicatos rurais, irá realizar um mapeamento dos prejuízos assim que acontecer a estabilidade climática. “Precisamos que o próprio produtor nos diga o tamanho da sua perda. Para isso, ele precisa ter condições de andar pela sua propriedade e calcular o prejuízo, o que imaginamos que possa acontecer na próxima semana”, explica Luz. O senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Luis Carlos Heinze, também participou da reunião e se comprometeu a acompanhar de perto os trabalhos do Mapa, defendendo o interesse das entidades representantes dos produtores.

5 Comentários

  • Beleza, é por aí o caminho há ser trilhado, no governo Bolsonaro ”adquirimos” ouvidos, e o Heinze nosso lutador incansável, é cada vez mais merecedor de nossos votos. Vamos a peleia, perdermos várias batalhas, mas não perdemos a guerra e nem o espírito aguerrido. A união de entidades representativas, gera a força necessária para encarar as adversidades.

  • Eu sabia que se calculava prejuízo somente depois da colheita, mesmo porque tem muito arroz que sequer floresceu!!! Mas IRGA, FARSUL e Federraroz estão inventando outra metodologia. Mas tudo bem! Não querem errar feio. Coloquem um numero entre 6.000 a 6.500 kg/ha!!! Não tem como quantificar ainda se a falta de luminosidade e fungos causarão!!! A industria sabe disso e está segurando os preços!!! O produtores precisam de preços e não de prorrogaçao de dividas. Pauta muito grande não leva nada! A pauta deveria ser única e deveria tratar as assimetrias do mercosul e só!!! É isso que tranca a suba dos preços inclusive o minimo. Medidas para a chuvarada só depois que soubermos o que foi colhido! Quem muito pede pouco ganha!!!

  • Perfeito comentário seu flavio,aqui nesta região fez 3 dias de sol ate hj em janeiro,o arroz q ta soltando cacho vem sem fungicida e muitos embarigados com o cacho dentro da barriga debaixo d água,então estimar produção é algo muito complicado mas 6000 a 6500 kg ja vai ser boa produção esse ano, podem apontar.custo altíssimo e pouca produção,o preço vai ter q ajudar se não vai ser uma quebradeira geral na região.

  • Informação que recebi de Itaqui hoje dá conta que 6.000 quadras de arroz foram pro saco (10.500 hectares) somente com a enchente. Em carater irreversivel. Ibicui subindo novamente. Uruguai transbordou. Chove um absurdo ainda! Está feito o estrago. E virão outros como falta de luminosidade e temperaturas baixas na floração! Dai eu vejo noticias que a quebra vai ser de 10%, que o preço mínimo é tanto!, que blá blá blá… esse ano não vai dar arroz nem no Brasil, nem na Argentina, nem no Uruguai e nem no Paraguai!!! E dai ??? E a grande maioria não tem seguro agrícola e vai ter que pagar as contas! E as dívidas como ficam? Enquanto isso os aprovalecidos do varejo nem aí, pois seguem praticando miseros 37 reais pelo 424… É vergonhoso a que ponto somos explorados!!! Parece que Deus manda as coisas prá eles terem que pagar junto. E vão ter que pagar. Passando a colheita. E se tiver o que colher esse ano eu aposto que os preços subirão. Ano passado eu acertei até o mês (agosto)… Esse ano eles não poderão baixar nem na colheita. Tenho pena do produtor que sofre com a insegurança e a exploração… Mas Deus é pai e sabe o que faz!!! Vamos ver o que a Ministra e o Mito vão nos apresentar de bom!

  • Esse clima adverso é a natureza ouvindo nossas preces.
    Já comentei antes que o preço do arroz só melhora quando a natureza ajuda, em anos de el nino.
    Vamos esperar que nosso novo governo nos ajude, mas também devemos fazer nossa parte, que é reduzir a oferta.

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