Menor demanda chinesa e taxas na Europa derrubarão exportações de Mianmar

Devido à baixa demanda da China e à retirada do GSP pela União Européia, a exportação de arroz de Mianmar deve cair neste ano fiscal, de acordo com um workshop sobre a promoção das exportações no setor de arroz de Myanmar no Park Royal Hotel. em Yangon, na sexta-feira, 18 de janeiro.

Aung Than Oo, vice-presidente da Federação de Arroz de Mianmar disse: “É certo que este ano, o volume de exportação de arroz não atenderá à escala do ano passado. Não apenas o mercado local, mas também o global vê declínio na demanda”.

Os comerciantes chineses reduzem a compra de arroz de Mianmar devido à intensificação da repressão na China. A exportação para este destino caiu pela metade este ano.

Além disso, a União Europeia vai recolher imposto sobre o arroz com mais de 16mm de comprimento exportado por Mianmar e países vizinhos a partir de 18 de janeiro. Isso vai interferir no volume embarcado.

Nay Lin Zin, secretário da Associação de Produtores de Arroz de Mianmar disse que devido a um declínio nas exportações ao mercado externo, o setor pode enfrentar dificuldades no próximo verão. "Podemos ter um recuo de até 50% das vendas internacionais e queda nos preços internos aos produtores", reconhece.

Mianmar exporta arroz para os países membros da UE e países africanos via rota marítima e para a China através do campo de comércio de fronteira.

Graças à expansão do mercado de arroz no ano fiscal de 2017-2018, o total de exportação de arroz atingiu quase 3,6 milhões de toneladas, um recorde em mais de 50 anos.

De abril a dezembro de 2018, o país arrecadou cerca de US$ 578,087 milhões em arroz e quebrou  o recorde das exportações com 1,717 milhão de toneladas. O país faturou US$ 789,780 milhões de 2,542 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado, segundo dados da MRF.

Durante os nove últimos meses, porém, as receitas de exportação de arroz diminuíram em US$ 210,975 milhões.