Entre 500 e 700 mil toneladas devem ser perdidas no RS
O presidente da Federarroz enxerga como dramática a situação de atingir rentabilidade.
O estado do Rio Grande do Sul sofreu muito com as fortes chuvas do mês de janeiro, em 20 dias foram registrados cerca de 800 milímetros acumulados nas regiões da fronteira oeste e da campanha, o correspondente à 50% do esperado para o ano inteiro. Nesse cenário, a quantidade de perdas das lavouras de arroz só aumentam.
“Ocorreram enchentes nessas regiões e as outras sofreram com a falta de luminosidade. Nós acreditamos que o somatório da redução de produção em função da diminuição de área nos daria uma diminuição de 500 mil toneladas, somadas a 500/700 mil de toneladas entre perdas pelas enchentes e queda de produtividade. Em relação ao ano passado, em que nós colhemos 8,4 milhões de toneladas, deveremos chegar ao máximo em 7,2 milhões de toneladas”, conta Henrique Osório Dornelles, presidente da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul).
Como todo esse problema de queda na produção em uma cultura que vem apresentando altos custos já há algumas safras, o presidente da Federarroz enxerga como dramática a situação de atingir rentabilidade, e recomenda que o produtor de arroz tenha coragem e busque mais conhecimento. “O que eu estou vendo pela frente são dias difíceis e somente coragem e conhecimento para atravessar isso. Não adianta a gente se esconder ou reclamar, que nada disso vai resolver. Eu acho que cabe a nós produtores poder rever conceito e verificar se estamos fazendo certo ou não existe algo diferente para se fazer”, diz Dornelles.
1 Comentário
… Ou seja, reduzir mais uns 20% da area plantada… Se produz arroz de mais e entra demais de fora. Exportamos pouco e quem controla são as industrias. Nosso custo é absurdo. Fazendo um breve comparativo hoje o saco vale R$ 40, mas em 1975 ele valia o equivalente a R$ 180. O custo representava 25/40% do preço. Hoje ele representa 120% do preço. O que mudou de lá para cá. Muita gente plantando arroz! Hoje se oferta muito arroz. Tem muita gente que deveria dar um passo atrás e plantar 150 quadras se hj planta 200%. Um trator MF 295 valia 2.500 sacos de arroz. Hoje tem tratorzao valendo R$ 800.000 (20.000)… o arroz perdeu de 4 a 5 vezes o poder aquisitivo, enquanto o custo cresceu 10 vezes. Esse é o problema. Nosso produto perdeu valor agregado. E o endividamento cresceu geométricamente! Mas acho cedo para jogar a toalha. E se não reclamarmos quem nos ouvirá. O socialismo nos calou durante anos…Teremos que aceitar nossa sentença de morte impávidos? É muito triste isso. Sinceramente espero que a Ministra ou o MAPA nos tragam boas noticias na festinha de abertura! Alias na abertura da soja do Paraná foi só festa! Eu sigo desconfiado que não vem quase nada! Tomara que eu esteja me enganado… mas a politica é uma caixinha de surpresas. O que não dá mais é gastar 50 reais para vender por 40. E não adianta confiar em industria que quando os precos melhoram saem do mercado! O negocio do arroz está encruado desde 1992 com a entrada do mercosul. Desde la nossa industria usa deste artificio para de uma hora para outra inundar o Brasil de arroz hermano! O produtor tem que ele mesmo se organizar e pressionar o governo!