O que esperar do período BolsoLeite?

 O que esperar do período BolsoLeite?

Apoiados pela orizicultura,
candidatos eleitos agora
precisam mostrar trabalho

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 As posições do agronegócio brasileiro saíram fortalecidas das eleições gerais deste ano, levando em conta a vitória de Jair Bolsonaro, do PSL, com larga margem nos municípios agropecuários, e também de Eduardo Leite (PSDB) para governador. Ambos tiveram apoio dos produtores rurais graças a um discurso de valorização do direito à propriedade, da segurança e da recuperação da relevância política e econômica do setor. Deputados gaúchos ligados ao agro apoiaram o presidente eleito e alguns são cotados para o Ministério da Agricultura.

Um encontro entre os dirigentes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e da Federação das Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz) está agendado com o novo presidente para novembro, intermediado pelo senador eleito Luis Carlos Heinze e o deputado federal Jerônimo Goergen. A reunião vai formalizar as demandas do setor, uma vez que de maneira informal os dirigentes se encontraram com o então candidato.

De Bolsonaro os arrozeiros querem a elaboração de uma política agrícola de médio e longo prazo, com regras claras, acessível e capaz de gerar competitividade à cadeia produtiva, renda ao agricultor, empregos e riquezas para o país. Também vão enfatizar a importância da preservação do direito à propriedade e à segurança.

“Temos uma agenda positiva com o presidente eleito e interlocutores como os deputados Heinze e Goergen, que são próximos e traduzem as demandas do setor as quais o presidente eleito tem se mostrado sensível”, argumenta Alexandre Azevedo Velho, vice-presidente da Federarroz. Para ele, o governo começará com muitas expectativas. A organização da Abertura Oficial da Colheita do Arroz quer trazer Bolsonaro ao evento, em Capão do Leão, em fevereiro.

ESTADO 

Mesmo com uma grave crise financeira e 46 meses de salários atrasados, o governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, mandou um recado claro durante sua campanha em apoio à orizicultura. Além de ter sido o único a participar de uma audiência pública com o setor, também recebeu um documento que apontou as dificuldades e as demandas da cadeia produtiva.

“Tenho compromisso com a lavoura de arroz e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e pretendo viabilizar que a taxa CDO seja integralmente repassada para financiar as pesquisas e dar suporte tecnológico ao crescimento de nossas lavouras e iniciativas do setor em busca de competitividade”, frisa o candidato em vídeo encaminhado aos arrozeiros pelas redes sociais. “Me comprometo a escolher uma diretoria técnica, profissional, que qualifique a gestão do Irga e observar uma lista tríplice encaminhada pelo conselho. Também vamos trabalhar por solução em que o terminal da Cesa, em Rio Grande, se mantenha como um ponto de exportação de arroz. Queremos que a orizicultura cresça, tenha renda e ajude o Rio Grande do Sul a sair dessa crise que nos afeta”, resumiu.

Como foi vereador e prefeito em Pelotas, o maior centro de processamento de arroz do Brasil, Leite está muito ligado ao setor. Ele, no entanto, pediu um tempo para “arrumar a casa” e só então cumprir as promessas ao longo do mandato.

Alexandre Azevedo Velho, vice-presidente da Federarroz, explica que as demandas são claras e foram entregues aos candidatos. “Agora, vamos ratificá-las e marcar posição, pois sabemos que vem aí um período de transição e esses pleitos não podem ficar de lado”, finaliza.

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