Nos mínimos detalhes

 Nos mínimos detalhes

Arroz beneficiado apresentou evolução nas vendas

Câmbio e cenário econômico em países arrozeiros foram
vitais para a exportação
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 Ao longo do ano, o câmbio e o apoio à comercialização foram fundamentais para que o Brasil retomasse as exportações. O câmbio se manteve permanentemente favorável, desde o final de 2017, com algumas oscilações, mas em geral acima de R$ 3,50. Isso deu competitividade ao produto brasileiro. Afora isso, há o fator qualidade, que também tem levado o Brasil a avançar em alguns mercados, como é o caso do Peru, onde passou a ocupar parte do mercado que era cativo do Uruguai.

Pércio Grecco, diretor da trading Rice Brazil, considera que ainda há novos negócios de arroz em casca a serem fechados até fevereiro, mesmo com o dólar mais baixo, na casa de R$ 3,70, mas que em 2019 quem poderá fazer a diferença é o mercado mexicano. “Estamos com toda a documentação apta para exportar, falta apenas o interesse e a vontade política dos mexicanos em tomarem esta iniciativa. E isso está amadurecendo e poderá acontecer em 2019”, entende.

Grecco também confirmou que países da América Central, como Costa Rica, Nicarágua, Guatemala e Cuba, têm pago prêmios de até 15 dólares por tonelada para o arroz brasileiro sobre o arroz dos Estados Unidos, a título de preferência por qualidade. “Essa é uma grande notícia, aliada a um interesse maior do Panamá pelo grão brasileiro, o que nos abre um mercado de mais 200 a 300 mil toneladas”, revela.

QUALIDADE

Henrique Dornelles, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), destaca que além do fator cambial, o Brasil vem evoluindo nos mercados por causa da qualidade do grão. “Temos um diferencial frente aos nossos concorrentes nas Américas, que é a qualidade. E isso vem sendo remunerado”, explica.

Para ele, o Brasil precisa manter-se exportando entre 1 milhão e 1,3 milhão de toneladas por ano para assegurar o equilíbrio do mercado interno. O câmbio também segurou as importações da Argentina e do Uruguai no primeiro semestre. O Paraguai reduziu a velocidade das vendas ao Brasil, mas praticamente manteve os volumes e ainda garantiu algumas vendas para terceiros mercados.

 

 

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