Arroz na máxima potência industrial

 Arroz na máxima potência industrial

Araújo Júnior: de olho nas oportunidades do mercado

Zaccaria propõe tecnologias de máximo aproveitamento no processamento do grão

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 Em um mercado tão competitivo como o arrozeiro, aproveitar ao máximo todas as partes do grão que são geradas durante o processo de beneficiamento é primordial para a saúde financeira de qualquer empresa. Você sabia que sua empresa pode aumentar a lucratividade transformando os subprodutos (arroz quebrado, por exemplo) em um produto de primeira linha e grande aceitação no mercado?

José Osvaldo de Araújo Júnior, supervisor de vendas da Zaccaria, referência nacional em máquinas de beneficiamento para a indústria de grãos, assegura que este trabalho árduo em buscar novos produtos com qualidade e grande valor nutricional à base de arroz está presente no dia a dia de cada indústria e é uma vertente que cresce constantemente neste segmento. “Podemos afirmar que, atualmente, é a única opção que a indústria tem para explorar novos mercados”, diz o especialista.

Pensando nesta tendência, a Zaccaria trabalha para oferecer soluções em equipamentos e serviços para que as indústrias do setor possam investir em inovação e transformar seus subprodutos em produtos finais de qualidade e com maior valor monetário. O mercado tem apresentado uma nova oportunidade para o arroz quebrado, por exemplo, que pode ser transformado em farinha de arroz.

“Do arroz quebrado pode-se produzir a farinha de arroz, que serve como matéria-prima para diversas aplicações, como macarrão, biscoitos, bolos e panificação, todos com o benefício do gluten free ao celíacos e a uma geração fitness”, explica Araújo Júnior.

Além da farinha, o supervisor de vendas da Zaccaria também destaca que as indústrias brasileira e do Mercosul vêm inovando para obter os flocos de arroz, famosos em todo o Norte e Nordeste brasileiro, que são consumidos como cuscuz na maioria das refeições destas regiões e que cada vez mais se difundem em todo país e no mundo. Com este “flocão” produz-se bolos, wrap e barrinha de cereais, entre outros produtos alimentícios de valor agregado.

Para José Osvaldo de Araújo Júnior, a inovação das indústrias brasileiras tem sido permanente, mas há uma tendência mais forte de atualização em busca da modernização do mercado e atendimento de novos perfis dos consumidores. “Tanto, que preparamos uma equipe especializada, com todo o know-how e tradição da Zaccaria, para apoiar as indústrias a realizarem este tipo de investimento em novos e rentáveis produtos”, finaliza.

Esta reportagem foi originalmente publicada 
na edição de fevereiro da Revista Planeta Arroz

6 Comentários

  • Só temos a elogiar a decisão da empresa Zaccaria na atitude de puxar as agroindústrias na direção da inovação e na oferta de novos produtos aos novos consumidores, necessitados e ansiosos por praticidade, comodidade, novos sabores, saudáveis e dietéticos.
    Há muitos anos fizemos contato com a empresa sobre o tema, inclusive com a sua direção geral na 1ª EXPOARROZ. Outro passo, que deveria ser foco da empresa é a dedicação da força de venda da empresa para a comercialização de sistemas de descasque do arroz para os produtores para que estes possam comercializar o arroz já beneficiado. Temos insistido nisso há quase vinte anos como uma forma do produtor aumentar sua renda e com o aproveitamento dos subprodutos no arraçoamento de bovinos na propriedade. A empresa com isso terá ampliado seu portfólio de clientes e consequentemente aumentando as suas vendas. Com esse novo mercado de fornecedores de arroz beneficiado pode-se alterar a forma de venda do casca para o beneficiado 100% inteiro e tipo 1.

  • Sr. José Nei, para contribuir com seu comentário, realmente, a Zaccaria é referência em sistemas de beneficiamento de grãos, mas gostaria de lembrar que beneficiadoras de grãos são Industrias de Alimentos e como tal devem ser instaladas, geridas com estruturas administrativas e sistemas integrados de compra e venda, devem atender as normas vigentes como Vigilância Sanitária, MAPA, LOs da FEPAM, Programas de Medicina Ocupacional e Saúde do Trabalho suas NRs e principalmente colaboradores treinados e equipados, além da energia elétrica, manutenção e peças de reposição. A questão do destino adequado à casca de arroz, investimento em eletrônicas para separação dos defeitos e grãos quebrados, armazenagem estática de matéria prima e temporária para arroz beneficiado e sub-produtos, para finalizar, relacionamento com o mercado, pois relações nessa área devem ser perenes e o fornecimento de mercadoria aos seus clientes/parceiros deve ocorrer nos doze meses do ano, sob pena de haver rupturas por falta de mercadoria. Por isso tudo, existem as Cooperativas, que geridas com profissionalismo fazem isso pelo produtor, temos ótimos exemplos no RS, que com boas práticas de gestão e programas de Governança Cooperativa e participação efetiva do produtor crescem a cada ano.

  • Muito boa a sua abordagem Sr.Ricardo! Não tem nenhum reparo quanto aos aspectos de mercado, processos etc. Apenas estou dizendo que isso pode mudar, pois é um processo meramente físico, não há nenhuma transformação nesse processo e já foi pacificado em jurisprudência, do STJ que descascar arroz não se constitui num processo industrial e sim ainda pertence à produção.. Afirmei isso no ano 2000 comparando que ‘Vender arroz em casca é como vender milho em espiga. Já viu meus artigos sobre o tema? Há diferentes formas do produtor participar do mercado do arroz beneficiado, seja como no caso que o senhor aponta, através de cooperativas, mas também pode terceirizar, descascar em condomínio, por sua conta se tiver um porte adequado ou fazer parceria com o supermercado ou mesmo com um engenho. O fato é que o produtor tem que participar da renda do benefício e do rendimento de engenho que o arroz dá, que aumentaria o valor do casca em até 20%. Escrevi um livro sobre o tema, apresentei palestras, até editei um CD sobre isso.. Agradeço o seu contraponto e estou as ordens para apresentar minha visão aí em Rosário ou em outro local ou ainda na Expoarroz em Pelotas. A farinha, a cerveja, o biscoito, pão, snacks, isso sim é indústria. Então veja que podemos nos dedicar a produtos mais sofisticados e que remunera melhor os agentes! Um abraço.

  • Inegavelmente excelentes ponderações do sr Ricardo Araújo e do sr José Nei como contribuição para melhoramento da cadeia do arroz.
    Na versão de um produtor que visa produtividade em sua lavoura, o fato de lapidar o seu produto (descascar) para agregar valor envolve como citou o sr Ricardo licenças ambientais, obrigações e encargos trabalhistas onerando em muito o produtor na fonte produtiva, alterando um pouco o foco de produção primária. Isto sem comentar que colocar o produto descascado no mercado envolverá um nicho de mercado mais exigente e restrito.
    Por outro lado o sr José Nei com conhecimento de causa aborda a legalidade do processo, se referindo que descascar não é um processo industrial e sim um processo que pertence a produção. Muito boa a informação, pois para muitos era desconhecida.
    Somando-se as informações dos dois comentários, e tentando agregar mais um ponto ao meu ver positivo, manifesto minha opinião a favor do Cooperativismo bem gerido, pois através de uma cooperativa seria mais fácil o produto arroz ser desdobrado como o sr José Nei sugere. O somatório do bom senso demonstrado pela troca de informações bem embasadas dos srs Ricardo e José Nei, usando como exemplo o estado de Santa Catarina, em que o cooperativismo no meio rural é destaque nacional, fornecendo aos produtores rurais excelente qualidade de vida e desenvolvimento para o estado, o Cooperativismo torna-se ao meu ver a opção ideal ao produtor pequeno e médio, que constituem a maioria dos produtores de arroz gaúchos.

  • Perfeito, Sr. Azambuja! Cada sabe aonde aperta o seu calo, mas o certo é que não podemos ficar amargando prejuízos ou empatando dinheiro. O sistema de cooperação, alianças, parcerias pode-se dar em qualquer momento do processo ou do pré plantio a colheita até o beneficiamento e distribuição. Hoje na pecuária desenvolvimento uma parceria com um terminador aonde forneço o terneiro a um preço estabelecido e remunerador pelo quilo vivo e vou receber na engorda mais 15% do aumento de 180kg para 400 kg no período de 10 meses ao preço do kg vivo do dia do boi gordo. Ambos estamos contentes, criador e terminador, planejando chegar no próximo ano a 30% do aumento de peso.

  • Bem que nossos comentaristas habituais poderiam manifestar mais opiniões sobre este tema que traz uma nova perspectiva para o arroz, através da abertura de outras formas e outros momentos para o consumo do produto. As questões de mercado também poderiam ser modificadas (arroz 100% de inteiros) ou modalidades de parcerias para o aumento da renda final.

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