Ministra anuncia cesta de providências aos orizicultores

Anúncio foi feito ao jornalista Alex Soares, no programa Conexão Rural, da Rádio Acústica FM, de Camaquã.

Entre os temas abordados pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina na entrevista concedida ao Conexão Rural neste sábado (13), na Rádio Acústica, esteve a crise financeira que atravessam os arrozeiros.

Conhecedora das dificuldades, associadas à desproporcional relação de custos e preços praticados, que gerou um expressivo passivo e uma capacidade zero de investimento, a ministra falou em promover um conjunto de ações para resgatar a estabilidade no setor.

"Foram muitas prorrogações, muitas rolagens de dívidas, que apenas aliviaram momentaneamente os produtores. O que temos que fazer, agora, é encontrar uma fórmula para resolver esse passivo, inclusive os dos financiamentos não oficiais, com prazos bem alongados, restabelecendo o crédito a esses produtores", afirmou a ministra ao programa, apresentado por Alex Soares.

Decreto

A ministra, que falou em decreto para oficializar a negociação, pregou também a elaboração de uma cesta de medidas que inclui a fixação de uma política de preço mínimo condizente com a realidade, a busca de novos mercados, como o do México, cujo acordo foi fechado por ela recentemente, e a adoção de alternativas de renda através da rotação com outras culturas. Para operar esse último item, o Mapa irá fechar convênios com universidades e startups, adiantou Tereza Cristina, sem especificar quais seriam as culturas.

Agricultura e área econômica

A ministra informou que no início desta semana, já de volta ao Mapa após reassumir o seu mandato de deputada federal pelo DEM de Mato Grosso para reforçar o apoio ao projeto da reforma previdenciária, ela irá se reunir com o ministro da Economia Paulo Guedes, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, também conhecedor da crise e, de acordo ela, empenhado em resolvê-la. Será a partir desta reunião entre os titulares e técnicos das pastas da Agricultura e da Economia é que se essas futuras medidas começarão a se criar.

Mercosul

O acordo de livre comércio entre os blocos do Conesul e Europeu também foi abordado na entrevista. Para a ministra, esse foi o grande trunfo da sua gestão até aqui, consolidado, segundo ela, pela boa vontade do atual governo brasileiro e pela união dos países vizinhos. "Creio que chegou o momento em que os países integrantes concluíram que ou o Mercosul se moderniza, ampliando os seus horizontes ou continua se canibalizando entre si, permanecendo capenga e sem futuro", comentou a ministra, que defende uma série de ajustes entre os países antes da institucionalização do pacto com a Europa.

Resistência francesa

Ao falar da importância de ampliar e manter o comércio com a china e com outros países e regiões, não somente dos tradicionais produtos exportados, mas também de outros como frutas, por exemplo, Tereza Cristina não crê que vá haver maiores problemas no acordo com a União Europeia por causa das dificuldades impostas pela França, que tem se apegado no cumprimento pelo Brasil das exigências ambientais. "É um pacto que interessa aos dois lados e a França enviou os seus comissários oficiais para partilharem das discussões e da assinatura das intenções do acordo", disse ela.

 

10 Comentários

  • Tá mais quais são as medidas mesmo??? Preço mínimo, exportação para o México e rotação de cultura??? É isso??? Preço minimo R$ 40, exportação para o México não saiu do papel, rotação de cultura já fazemos há 5 anos…. É sempre o mesmo do mesmo. O governo foge do problema que é corrigir as assimetrias do Mercosul e quotizar as importações. Securitizar as dívidas nos moldes de 1995… Reduzir tributos!!! O produtor que plantar acreditando que algo vai mudar vsi se lascar!!! Falta vontade e sensibilidade politica… O negócio do arroz já era!!! dólar vai cair…. Vão importar as pencas do Paraguay… preços vão despencar… Essa é a realidade posta na mesa… O governo não quer inflação… Populismo!!! Sem redução de área… Sem a migração para a soja a coisa não vai mudar!!!! Ou se não querem aceitar esse pessimismo que me contagia plantem com um custo inferior a R$ 40…. Talvez dai ganharão 2 ou 3 pilas por saco!

  • As causas do problema, que já sabemos quais são, não serão atacadas como deveriam. Nossos custos continuarão altos, principalmente em comparação aos outros do Mercosul, os impostos continuarão sendo cobrados em alguns Estados, beneficiando os outros do Mercosul, inviabilizando a produção de arroz no Brasil. A Exportação para o México é um sonho distante, pois as maiores beneficiadoras que lá atuam, são Norte Americanas que tem preços bem mais competitivos que o nosso, visto a distância. Por tudo isso, lendo a reportagem acima fica a impressão que o governo Brasil, jogou a toalha.

  • Só blá blá blá já tou vendo tudo do mesmo jeito e segue o baile na República das bananas.

  • Não existe varinha mágica. Mesmo o governo querendo ajudar, ele não sabe como fazer. Reduzir o imposto dos insumos seria o máximo que o governo poderia fazer, por outro lado deveria taxar as importações. Mas até o momento estas alternativas ainda não foram levantadas..

  • Os únicos capazes de resolver a crise arrozeira, não querem ajudar, são eles os produtores, que poderiam dar fim a crise reduzindo a área plantada pela metade.
    Como os produtores não querem ajudar, eles ficam exigindo milagres por parte do governo.

  • Não se trata de culpados e sim de causas, naturalmente os produtores serão eliminados do mercado se a concorrência desleal não for combatida. As causas já são conhecidas, é só trabalhar para equilibrar as desigualdades do bloco, daí os mais eficientes permanecerão na atividade pelos seus méritos.

  • Os menos eficientes tem mais facilidade de permanecer na atividade pelos méritos da indústria com o uso de CPR.

  • Essa cesta por enquanto está bem vazia.!!!

  • De grão em grão a galinha enche o papo. Quem sabe um dia cheguemos la enchendo a cesta com grão de SOJA.Sds.

  • Olha , vamos continuar trabalhando de dia pra comer de noite, se sobrar, no meu ver só uma queda nos impostos vai resolver, e com este estado quebrado vai ser bem difícil acontecer. Vamos nos preparando para mudar pois arroz vai piorar!

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