CMN analisará prorrogação fracionada em três meses

Expectativa é de que vencimentos de julho e agosto passem para setembro, outubro e novembro.

 As parcelas de quitação do financiamento de custeio da safra de arroz 2018/19 referentes a julho e agosto tendem a ser prorrogadas e fracionadas em 3 parcelas a vencer em setembro, outubro e novembro. O senador gaúcho Luiz Carlos Heinze confirmou que a Casa Civil do governo federal já encaminhou a demanda por uma sessão extra do Conselho Monetário Nacional (CMN) para avaliar o tema.

O pedido de prorrogação reflete a demanda da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), segundo o presidente Alexandre Azevedo Velho, para atender um anseio do setor produtivo. “A expectativa é de que as cotações melhorem até lá para dar suporte ao pagamento desses compromissos, uma vez que os preços caíram em junho e julho”, afirma.
A decisão, provavelmente favorável e uma formalidade para autorizar o sistema bancário a organizar a documentação à respeito, deveria ter sido analisada na reunião da última segunda-feira, dia 29, mas a pauta do CMN com a regulação do cadastro positivo acabou tomando mais tempo do que o previsto.

O economista chefe do sistema Farsul, Antônio da Luz, considera que a prorrogação das parcelas é um paliativo que impede que para pagar a conta o agricultor seja obrigado a vender agora, sob as atuais cotações e conjuntura, o grão que ainda dispõe. “Por outro lado, torna a oferta ainda mais concentrada, o que sempre é um risco”, observa.

IRREGULARIDADES
Na reunião da última segunda-feira o CMN também simplificou o processo de comunicação de indícios de irregularidades penais ou fiscais nas operações de crédito rural, segundo a Agência Brasil. Até agora, caso o banco detectasse alguma suspeita, deveria comunicar ao Banco Central, que repassaria as informações aos órgãos competentes. De agora em diante os dados poderão ser enviados diretamente ao Ministério Público, no caso de delitos ou crimes penais, e à Receita Federal, no caso de problemas fiscais, como suspeita de sonegação.

6 Comentários

  • Que palhaçada

  • PALHAÇADA, sem dúvida.

  • O negócio do arroz virou um grande circo, em que a maioria dos produtores estão fazendo o papel de palhaços literalmente!!! Então meus colegas e amigos chegou a hora de dar um basta de verdade!!! Como??? Reduzindo significativamente a área plantada e migrando para a soja, o moranguinho, a batatinha, o milho, qq coisa menos o arroz!!! Até palhaço de circo ganha dinheiro… Produzir a R$ 60 e vender a R$ 42 é muito pior que uma palhaçada…

  • Perfeito Flávio. Ótimo comentário. Mas infelizmente os arrozeiros adoram fazer o papel de palhaço e com certeza continuarão plantando. Mesmo que tenha lucro em reduzir área plantada, os arrozeiros não aceitam isso.

  • É ISO aí seu Flávio pena q o produtor não tem a mente aberta na minha região tem produtor q não acredita na soja .

  • 99% na dor 1% no amor… O arrozeiro é orgulhoso… Muita vaidade pessoal… As vezes tão quebrados, mas não querem dar o braço a torcer para não ter que engolir que o vizinho vai assumir as terras dele!!! Preferem perder dinheiro a se render a tamanha humilhação!!! Outros preferem trabalhar de funcionários da indústria tomando CPRs a juros absurdos !!! Por isso a degola vai sendo pouco a pouco, lenta, sofrida, penosa e definitiva… Quem quebra bem quebrado não volta mais a plantar!!! Não planta nem horta nos fundos da casa… É uma pena… Mas falta muita visão empreendedora a muita gente que não sabe a hora e o momento de parar ou trocar de atividade… Só com a dor!!!

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