Arrozeiros encerram o protesto em Cachoeira

 Arrozeiros encerram o protesto em Cachoeira

Presidente Pinto: insatisfeito com o Governo Bolsonaro

Produtores estão insatisfeitos com o tratamento dedicado ao setor pelo governo federal.

O protesto organizado pela União Central de Rizicultores (UCR) para cobrar medidas do governo federal para tentar solucionar a crise enfrentada por grande parte dos arrozeiros foi encerrado na tarde de ontem em Cachoeira do Sul. De acordo com o presidente da UCR, Ademar Pinto Kochenborger, os produtores desistiram de seguir de braços cruzados na Praça José Bonifácio até sexta-feira para aproveitar o clima favorável para fazer o preparo do solo para o plantio da próxima safra.

Cerca de 15 arrozeiros se reuniram ontem na Rua 7 de Setembro, onde sete tratores foram estacionados na segunda-feira para chamar a atenção da comunidade para o problema da falta de renda na atividade. Os produtores esperam que o governo federal prorrogue as duas primeiras parcelas do financiamento de custeio da lavoura na esperança de uma reação do mercado para que o arroz seja vendido por um melhor preço.

PARCELAS
Porém, não há certeza de que o pedido será atendido. A primeira parcela de custeio venceu em julho e a segunda vencerá dentro de duas semanas. “Eu desanimei com este governo”, desabafou Pinto, que apostava em melhorias com a eleição do presidente Jair Bolsonaro. Um novo protesto está sendo preparado para a próxima segunda-feira, quando o presidente Jair Bolsonaro deve vir ao Rio Grande Sul para inaugurar a obra de duplicação da BR 116, em Camaquã. Pinto pretende lotar um ônibus com arrozeiros de Cachoeira para participar da manifestação.

5 Comentários

  • Eu estava torcendo para estar errado em minha avaliação sobre as atitudes que poderiam serem tomadas pelo governo a respeito das reinvidicações feitas e a urgência para implanta-las.
    A morosidade do governo Federal já está gerando inadimplência nas parcelas vencidas, ocasionando abalo no já combalido crédito de muitos produtores, até nos governos anteriores atitudes mais rápidas em relação a prorrogações e renegociações foram tomadas, verdade seja dita.
    A reforma da previdência é importante e urgente, mas a situação caótica de uma classe de produtores também é,
    Será que estamos em um barco a deriva no qual poucos se salvarão ???

  • O título da matéria está errado. Transparece que os produtores desistiram e foram embora preparar as terras e desistiram de protestar o que não é verdade! Mudaram apenas a forma de protestar… Mas fiquei com a pulga atrás da orelha: – Quem está endividado ou quebrado planta arroz ainda de que forma??? Sabe fica muito estranho protestar, mas depois dizer que vai parar de protestar para ir preparar as terras para plantar… Seu Marcus tem toda a razão… Se a situação do arroz está ruim porque o pessoal insiste em plantar… Porque não param??? Eu sei a resposta: ninguém quer perder o patrimônio, mas não quer fazer rotação prá soja!!! E querem que um governo falido ajude!!! Ai a coisa complica… Confiar não significa que o governo possa atender tudo… Não pode é o governo prometer e não fazer nada!!! Eu na situação renegociaria as minhas dívidas, mas nunca mais plantaria arroz!!! De que adianta renegociar para não pagar ou para contrair novas dívidas… Dai perde a moral e o crédito… E é nesse contexto que vivemos!!! Entre o querer e o merecer… Tá na hora de deixar o comodismo de lado e se aventurar com a soja ou outras culturas… Ou morrer por três letras: CPR !!!

  • Publicação do Irga em 05/05/2006.
    Solução para a crise do arroz no Brasil pode ser a exportação
    A ampla oferta doméstica de arroz é o principal fator apontado por especialistas, produtores e pela indústria como responsável pela crise do setor. As soluções estão divididas entre começar a pensar no Brasil como um País exportador de arroz ou elevar o consumo interno, afirmaram representantes do setor, que participaram hoje do seminário Perspectivas para o Agronegócio 2006/07, realizado pela BM&F em São Paulo.
    Com o aumento da produtividade, o Brasil alcançou auto-suficiência. A questão agora é resolver o problema do excedente, uma vez que não existe estimativa de avanço do consumo no mercado interno. ‘O consumo está estagnado e o câmbio tem contribuído para que o Brasil seja um importador líquido’, afirmou a professora doutora do Departamento de Economia e Sociologia Rural da Esalq/USP, Silvia Helena Galvão de Miranda.
    De acordo com um estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a produção de arroz do Brasil em 2005 está estimada em 13,2 milhões de toneladas em cascas. Em 2006, esse número deverá ser um pouco menor, em 11,5 milhões. A produção mundial foi apontada em 634 milhões de toneladas em casca.
    Já o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima um aumento de 2% na produção mundial da safra 2005/06, enquanto o consumo deverá registrar um avanço de apenas 1% na comparação com a safra anterior. Os estoques finais devem ser 10% inferiores, principalmente, devido à redução dos estoques chineses.
    As informações são do jornal Estado de São Paulo.
    – Manchete do Agrolinck de 27/05/2016 – Tratoraço chega a Brasilia.
    – Manchete da Folha UOL de 28/06/2016 – Por mais crédito, Tratoraço chega a Brasília.
    Passaram-se quatorze safras e o cenário só piorou, de um desgoverno de dezesseis anos, ou mais, crises políticas e econômicas, desemprego elevado, não esperem de governos soluções rápidas, principalmente de produtos da alimentação básica (barata), as mudanças somente virão com o tempo, se economia local melhorar, câmbio ajudar, cenário externo (novos mercados) favorável e principalmente, menor produção.

  • Manchetes do Agrolinck e Folha UOL são do ano de 2006, perdoem o erro na digitação.

  • Essa foi boa…. Desarmaram o circo para preparar o solo para plantar .
    Pelo menos agora os produtores assumiram que não tem crise nenhuma no setor, o entusiasmo é nítido com a pressa em preparar o solo para plantar. Eu avisei. Agora mesmo é que o governo não vai fazer nada, afinal de contas, não precisa, todos animados e ansiosos para plantar arroz.

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