Preços do arroz indiano caem sem demanda africana
Secagem do arroz na Índia
Baht forte prejudica exportações tailandesas.
Os preços do grão com 5% de quebrados, no principal exportador da Índia, foram cotados entre US$ 371 a US$ 375 por tonelada na semana passada, abaixo dos US$ 373 a US$ 379 nos sete dias anteriores.
A demanda dos países africanos foi reduzida ao longo de setembro, mesmo com a correção dos preços de exportação, disse um exportador de Kakinada, no estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia.
As exportações de arroz da Índia caíram 26,5% entre abril-julho em relação ao ano passado, para 3,14 milhões de toneladas, informou um órgão do governo no início deste mês.
TAILÃNDIA
Na Tailândia, um baht forte, a moeda com melhor desempenho da Ásia em 2019, afastou potenciais compradores que encontram mercados mais baratos em outros lugares, como no Vietnã. Exportadores tailandeses têm lutado para vender o produto básico desde o início do ano.
Os preços de referência do arroz com 5% quebrados foram cotados entre US$ 400 e US$ 420 por tonelada na quinta-feira, em comparação com US$ 400 e US$ 418 na semana passada.
"A referência de comercialização está flutuando apenas devido à taxa de câmbio no momento em que a demanda e a oferta permanecem inalteradas", disse um trader de Bangkok.
As preocupações com o suprimento também persistem devido às inundações no nordeste da
Tailândia que danificaram as terras agrícolas, incluindo algumas áreas de cultivo de arroz. Mas, isso não teve um impacto imediato nos preços, disseram traders.
"Os compradores parecem estar indo para o Vietnã, pois as cotações tailandesas são muito mais altos", disse um trader da cidade de Ho Chi Minh.
"Preços do arroz e dos suprimentos domésticos caíram quando a colheita de verão e outono terminou".
VIETNÃ
No Vietnã, as taxas de arroz quebrado 5% subiram para US$ 335 a tonelada na quinta-feira passada, ante US$ 325 na semana anterior, que era a mais baixa desde novembro de 2007.
Dados preliminares mostraram que pelo menos 37.100 toneladas de arroz estão programadas para serem carregadas nos portos da cidade de Ho Chi Minh de 1 a 9 de outubro, com a maioria dos embarques destinada à África Ocidental e à Malásia, segundo traders.
BANGLADESH
Enquanto isso, Bangladesh está considerando fornecer um subsídio aos agricultores, que sofreram um golpe duplo nos baixos preços do arroz e altos custos de colheita, em um esforço para reduzir os custos do cultivo e aumentar a produção doméstica, disse o ministro da Agricultura, Abdur Razzaque.
“Para torná-lo lucrativo, precisamos usar mais máquinas porque o preço da mão-de-obra é muito alto. Forneceremos subsídio para ajudar os agricultores a comprar máquinas modernas, a fim de minimizar os custos de mão-de-obra”, afirmou.
Daca não conseguiu fechar acordos no exterior desde que uma proibição de exportação de longa data foi levantada em maio, pois seu arroz é mais caro que o da Índia ou da Tailândia, apesar da recente queda nos preços locais.
