Mudanças no ranking
Paraná substitui
o Maranhão no
Top 5 dos estados
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A queda sequencial da produção de sequeiro tem sido fundamental na evolução da produtividade média nacional. Nesta temporada, a área da cultura não irrigada caiu 35,6%, de 539 mil hectares para 346,9 mil. Já a área irrigada retraiu 6%, de 1,434 milhão de hectares para 1,347 milhão. O levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirma que o grão tem perdido espaço de cultivo ao longo dos anos. Em 10 safras, a lavoura reduziu 38%, sobretudo em sequeiro, pois o produtor opta por culturas mais rentáveis e de menores custos.
Apesar do volume de colheita não ter sofrido grandes variações no período graças ao salto tecnológico e de rendimento no Brasil, o rizicultor mantém produção ajustada ao consumo, com média anual de 11,775 milhões de toneladas em 20 anos. O salto de produtividade da safra 2000/01 para a 2017/18 foi de 95%, de 3,3 mil quilos por hectare para 6,15 mil.
TOP 5
No ranking dos estados mais produtivos, o Maranhão, que já teve a segunda maior área na safra passada e a terceira maior produção nacional no início da década, deixou o seu posto no Top 5 com um recuo de 49,5% na superfície semeada, de 166,7 mil hectares para 84,4 mil, e a diminuição em 59,4% de sua safra, de 321 mil toneladas para 130 mil. Isso representa 1,25% da colheita nacional. O Paraná assume o quinto lugar colhendo 142,1 mil toneladas (1,35%) em 23,1 mil hectares, com predominância do cultivo irrigado na região de Querência do Norte.
O Rio Grande do Sul (70,9%), seguido de Santa Catarina (10,5%), Tocantins (6%) e Mato Grosso (3,6%), segue liderando o ranking da produção brasileira. Mas o Mato Grosso registra um decréscimo de 21% em área, para 118 mil hectares, e 24,3% em volume, de 490,2 para 371,2 mil toneladas. Entre as regiões não houve alteração, uma vez que todas apresentaram retração espacial, embora tenha dobrado a diferença entre o Centro-Oeste e o Nordeste. O Sul representa 82,7% da safra nacional, enquanto o Norte corresponde a 9%, o Centro-Oeste a 5,2%, o Nordeste a 2,5% e o Sudeste outros 0,6%.
Silo cheio: sequeiro reduz ainda mais áreas