Irga firma parceria com CIAT, FLAR e Universidade do Arizona

 Irga firma parceria com CIAT, FLAR e Universidade do Arizona

Na visita de campo em Camaquã, os visitantes tiveram a oportunidade de falar diretamente com extensionistas e produtores

Objetivo são projetos futuros para o desenvolvimento da orizicultura.

Nessa quarta-feira (20), o Instituto Rio Grandense do Arroz, o Centro Internacional para Agricultura Tropical (CIAT), o Fundo Latino-Americano de Arroz Irrigado (FLAR) e a Universidade do Arizona (EUA) firmaram uma parceria para projetos futuros. O acordo foi sancionado pelo presidente do Irga, Guinter Frantz, o cientista sênior e líder do laboratório de economia aplicada do CIAT, Ricardo Labarta, o diretor executivo do FLAR, Eduardo Graterol, e os professores Jeffrey Michler e Anna Josephson, da Universidade do Arizona.

O primeiro encontro, realizado na segunda-feira (18), serviu para definir as expectativas do grupo e verificar quais eram os objetivos da visita. A ideia principal dos visitantes era ver os esforços que o Irga, o FLAR e outros parceiros que participaram dos projetos 10 e 10+ desenvolveram, como os conceitos que os projetos estão disseminando e quais impactos estão produzindo no setor orizícola no Rio Grande do Sul.

Na visita de campo em Camaquã, na terça-feira (19), os visitantes tiveram a oportunidade de falar diretamente com extensionistas envolvidos no Projeto 10, que foi desenvolvido em 2003 e 2004, e também com os responsáveis pelo atual Projeto 10+. Eles explicaram a estratégia de como identificar qual a real necessidade do produtor, quais desafios que enfrentam na implementação, que tipo de produtor procurar e através dessa ação quantos mais podiam atingir.

Na quarta-feira (20), na sede do Irga em Porto Alegre, depois de confirmado que os projetos obtiveram sucesso, foi discutida a ideia de começar a identificação de colaborações específicas e concretas, como linhas de pesquisa, com colaborações do Irga, FLAR, CIAT e os professores do Arizona. Com isso, foram apresentados três projetos.

O primeiro prevê a implantação de um censo no próximo ano, para conhecer aquilo que todos os produtores de arroz estão fazendo no RS, e através desses dados, desenvolver pesquisas adicionais, como sensoriamento remoto. O segundo projeto pretende descobrir por que alguns produtores têm sucesso com a produção de arroz e outros não, quais seriam os motivos para tal ocorrido, como fatores de produção, fatores econômicos ou culturais. Essa pesquisa objetiva evitar que produtores desistam da produção.

O terceiro projeto envolve explorar no Sul os benefícios e as melhorias na produtividade e rentabilidade do setor, as boas práticas que o Projeto 10 promove, como gerar benefícios ambientais, que muitas vezes não são reconhecidos, mas que contribuem para toda sociedade da região. E também identificar quais são esses benefícios ambientais que o Projeto 10 pode gerar. O próximo passo do grupo é fazer um planejamento mais concreto e decidir quais atividades serão prioritárias, por meio de reuniões virtuais, até que todos possam se reunir presencialmente.

“Ultrapassou as minhas expectativas, pois acho que estamos muito bem alinhados. Nós viemos com uma ideia de alinhavar colaborações com o Irga, ver desde o ponto de vista do CIAT e também dos colegas do Arizona que nos acompanharam. A ideia era identificar algum tipo de estudo socioeconômico para implementar e que fosse útil para o Irga, mas também para interesse nosso. Isso nos permitiu conhecer diretamente qual a situação da produção de arroz em geral mas também ouvir diretamente de pessoas que estão envolvidas na implantação do Projeto 10+ e as pessoas que estão participando como produtores”, comenta Ricardo Labarta.

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