Indicador da FAO se eleva 1,4% em fevereiro

 Indicador da FAO se eleva 1,4% em fevereiro

Evolução dos preços internacionais

Preços evoluíram por causa da maior demanda por arroz índica das classes inferior e superior.

O Indicador de Preços Mundiais do Arroz da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) aumentou 1,4% em fevereiro, para uma média de 228,0. A base é de 2002-04=100. Os preços globais evoluíram por causa da maior demanda por arroz Indica, tanto superior quanto inferior, que alcançaram um crescimento de 2 pontos, cada um. O sub-índice Japônica também 1,2% frente a janeiro, enquanto a sub-índice do grão Aromático mudou muito pouco.

Segundo o relatório mensal do indicador da FAO, entre as principais origens asiáticas, os preços do Indica teve maior fortalecimento no Vietnã. As cotações de fevereiro do arroz vietnamita com 5% de quebrados subiu 4,7% sobre os valores de janeiro, alcançando seu nível mais alto desde dezembro de 2018.

A economista Shirley Mustafa, da FAO, afirma que a forte demanda dos compradores malaios e filipinos estimulou o aumento, que vem em um momento de disponibilidades mais ajustadas com a colheita de inverno-primavera 2020 apenas começando.

O interesse dos compradores da África Oriental também superou as ofertas paquistaneses em um terceiro mês, enquanto um forte ritmo de aquisições do governo local sustentou os preços do grão na Índia. Na Tailândia, um Baht em depreciação e a busca dos compradores a fornecedores alternativos exerceu alguma pressão descendente sobre os preços, mas as expectativas de uma queda na produção da colheita de inverno forneceu pouco espaço para as cotações tailandeses enfraquecerem depois das elevações de 20 meses que alcançou em janeiro.

O sentimento do mercado também se manteve firme nas Américas, de acordo com os resultados mais fracos de 2019 das culturas arrozeiras neste continente. Com a atenção voltada para as colheitas em curso em 2020 nos principais produtores da América do Sul, o cenário foi de depreciações cambiais que mantiveram as cotações de fevereiro em xeque na sub-região.
Enquanto isso, o contínuo interesse dos compradores da América Central elevou os preços do arroz longo fino nos Estados Unidos em 2,4% para o maior nível desde setembro de 2014.

De acordo com o Índice da FAO, os preços internacionais do arroz nos dois primeiros meses de 2020 aumentaram 2% acima dos seus níveis do ano anterior, com o mercado aromático destacando-se como o único segmento a ter preço declinando em relação aos dois primeiros meses de 2019. A redução das compras do Irã tem sido um dos fatores.

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