Produtores de arroz buscam novos apoios

Eles levaram ao OPP a necessidade de implementar um empréstimo para reestruturar dívidas e continuar o plantio.

A Associação de Cultivadores de Arroz do Uruguai (ACA) apresentou ontem ao diretor do Escritório de Planejamento e Orçamento (OPP), Isaac Alfie, a necessidade de implementar um empréstimo para reestruturar a dívida dos produtores e o capital de giro, como uma ferramenta que possibilitará recuperar parte da área de cultivo que foi perdida nos últimos anos e gerar mais divisas ao país.

Alfredo Lago, presidente da ACA, disse ao El País no final da reunião que "os valores foram quantificados e o período necessário foi analisado, com o entendimento de que isso tem impacto no setor".

Os produtores estão dando vários passos junto ao novo governo em busca de meios que permitam que sigam plantando e dinamizando a economia uruguaia. Tudo começou com uma carta que o sindicato enviou ao presidente da República, Luis Lacalle Pou, pedindo ajuda.

Segundo Lago, o economista Isaac Alfie "não se posicionou" ontem e prometeu analisar a proposta. "Ele foi muito amplo na tentativa dirimir suas dúvidas e esperamos que, dentro de um período não superior a 10 dias, tenhamos uma resposta".

Até julho, quando o produtor toma as decisões finais para o cultivo, é necessário que o governo já tenha posições claras e medidas efetivas que vão afetar a dimensão da semeadura na primavera.

A ACA já se reuniu com o presidente e as autoridades do Banco da República, que podem influenciar na “montagem de uma ferramenta de consolidação da dívida e o capital de trabalho pode ser rapidamente implementado para a nova safra. Até agora, o Poder Executivo nos recebeu e atendeu à proposta, portanto aguardamos definições", afirmou Lago.

Os produtores de arroz entendem que as propostas ao governo "são claras". Eles são baseados em: "um crédito dividido em dois, novo capital de giro e reestruturação de dívidas anteriores". A ACA entende que "a solução está nessa linha, não há saída para ferramentas financeiras como os Fundos de Arroz que foram aplicados no passado", disse Lago. O setor ainda está pagando US$ 50 milhões referentes ao último financiamento do fundo.

A alternativa proposta ao governo já era utilizada na década de 1980, quando o endividamento do setor o complicou”, explicou o dirigente da ACA. Na reunião, o chefe da OPP também foi informado "da frustração gerada pelo fato de ter retirado a desmonopolização da Ancap na Lei de Consideração Urgente (LUC)". A ACA defende a desmonopolização da Ancap.

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