Questionário busca informações sobre o caramujo no arroz

 Questionário busca informações sobre o caramujo no arroz

Pesquisador Fabiano Brito: respostas do orizicultor são fundamentais

Produtor pode responder às perguntas da pesquisa em link anexo à esta reportagem .

Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul e Santa Catarina que enfrentam problemas com o caramujo-maçã poderão ajudar à pesquisa em busca da solução de seus problemas. Basta, para isso, responder a um questionário que a Ilexo, uma Startup que, em parceria com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a Empresa de de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) está desenvolvendo um biopesticida para combater o molusco nas lavouras. do Sul do país.

O produto também tem potencial para atacar a outras pragas aquáticas, como o gorgulho-aquático (bicheira-da-raiz) e o verme-de-sangue (minhoquinha vermelha). A pesquisa é conduzida pelo pesquisador Fabiano Carvalho de Brito, da UFRGS e Ilexo.

Como já noticiamos, nativa da América do Sul, a erva-mate se popularizou no Sul do país e nos países do Mercosul por causa do hábito de transformar suas folhas, após processadas, numa infusão muito comum que pode ser o chimarrão, o mate uruguaio e argentino ou o tererê paraguaio, que também faz sucesso no Mato Grosso do Sul. Seus frutos, porém, são descartados pela indústria.

Fabiano Carvalho de Brito, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), encontrou na sua dissertação de mestrado exatamente nestes frutos uma possível solução para algumas das maiores pragas das plantações de arroz. Ele investigou em laboratório a eficiência do extrato de frutos da erva-mate como pesticida contra os caramujos-maçã, da espécie Pomacea canaliculata.

Esta é uma das 100 maiores pragas de plantações e uma das piores para a cultura de arroz, pois, além de infestar as lavouras, é um molusco exótico que está infestando lagos, rios e outros cursos d´água nas regiões arrozeiras. A pesquisa foi dividida entre o Laboratório de Fisiologia Animal da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e o Laboratório de Farmacologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

De acordo com dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), os caramujos-maçã atingem cerca de 100 mil hectares das plantações gaúchas, ou cerca de 10% da área cultivada.
A erva-mate, Ilex paraguariensis, é nativa da América do Sul. Os frutos, com forte amargor para serem consumidos, são descartados na indústria. O composto orgânico responsável pelo gosto ruim dos frutos, a saponina, é explorado na pesquisa de Brito devido a sua ação química contra as pragas.

“A pesquisa demonstra como o extrato do fruto verde da erva-mate tem ação inseticida para moluscos”, explica o cientista. A ideia para a produção do pesticida surgiu na graduação, quando realizou o trabalho de conclusão de curso sobre o extrato da erva-mate como agente químico. No mestrado os experimentos tiveram início na prática. Os resultados alcançados até o momento sugerem que os extratos obtidos dos frutos verdes da erva-mate são efetivos no controle químico dos caramujos-maçã. Como esses frutos são considerados industrialmente inúteis, há abundância de matéria-prima para a fabricação do pesticida, criando um novo uso para um produto que seria descartado.

Clique aqui para responder o questionário e ajudar na pesquisa 

2 Comentários

  • Esse caramujo só é problema nas lavouras brasileiras. Ele não ataca o arroz no Uruguai nem na Argentina.
    Lá eles tem recursos, a tecnologia é mais avançada em países comunistas.

  • É mas não esqueçamos q o mertilo foi proibido com projeto vindo de um governo comunista. Pois era um produto mais eficaz pro combate caramujo.

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