Perspectivas da exportação de arroz da Tailândia não são muito promissoras
Tailândia não é competitiva com o arroz vietnamita
TREA reconhece preocupação com o volume de negócios no segundo semestre no país.
A Associação de Exportadores de Arroz da Tailândia (TREA) anunciou nesta quarta-feira em uma coletiva de imprensa que as perspectivas de exportação de arroz do país não parecem muito primissoras para o segundo semestre do ano, em meio à fraca demanda global atingida pela crise do COVID-19.
A atividade geral de exportação de arroz tailandês permaneceu muito calma, depois que a pandemia resultou no colapso da Phoenix Commodities, um dos maiores comerciantes de commodities do mundo, disse o presidente da Associação, Charoen Laothammatas.
"A Phoenix era um parceiro comercial de muitos exportadores de arroz tailandeses, particularmente aqueles que enviam arroz para a África", disse Charoen, acrescentando que o colapso afetou quase todos os exportadores de arroz da Tailândia.
O presidente da associação disse que, por esta causa, muitos compradores mundiais de arroz suspenderam as aquisições durante um mês.
A Phoenix também comercializa grãos, carvão, metais e outras mercadorias.
Ele ainda argumentou que o fortalecimento da moeda local, o baht tailandês, elevou os preços do arroz tailandês muito acima da concorrência do Vietnã e da Índia, criando um cenário de baixa competitividade.
O relatório de julho da Associação de Exportadores de Arroz da Tailândia indica que, nos primeiros cinco meses deste ano, o país embarcou o total de 2,57 milhões de toneladas de arroz, uma queda de 31,9% em relação ao mesmo período do ano passado, com um valor de exportação de 54,16 bilhões de baht (1,7 bilhão de dólares americanos), queda de 13,2%.
Os cinco principais importadores de arroz da Tailândia para o período foram China, Estados Unidos, África do Sul, Angola e Japão.