Coronavírus retarda exportações da Índia

 Coronavírus retarda exportações da Índia

Índústrias, porto e transporte estão prejudicados na Índia por causa da pandemia

A variedade de 5% de quebrados, parboilizada, da Índia foi cotada entre US $ 380 e US $ 385 por tonelada,.

Os preços de exportação do arroz na Índia subiram nesta semana, com o agravamento da crise de coronavírus no país causando dificuldades logísticas, enquanto as inundações em Bangladesh afetaram gravemente as lavouras. A variedade de 5% de quebrados, parboilizada, da Índia foi cotada entre US $ 380 e US $ 385 por tonelada, contra US $ 377 a US $ 382 da semana anterior. Os exportadores de arroz na Índia, maior exportadora mundial, lutam para cumprir pedidos devido à disponibilidade limitada de contêineres e de trabalhadores nas indústrias na costa leste do país.

A capacidade de carregamento diminuiu, pois o porto de Kakinada, em Andhra Pradesh, pode carregar cerca de 8 mil toneladas de arroz por dia em apenas cinco navios, com as demais embarcações forçadas a esperar em ancoragem, segundo BV Krishna Rao, presidente da Associação de Exportadores de Arroz do país hindu.

Em Bangladesh, fortes inundações submergiram quase 50 mil hectares de arrozais. 

Os preços de referência do arroz com 5% de quebrados na Tailândia subiram para US $ 465 a US $ 483 na quinta-feira, diante de US $ 450 a US $ 482 cotados na semana passada. Traders dizem que o avanço ocorre à medida que o baht, moeda local, se fortalece em relação ao dólar. "O mercado espera uma boa safra no próximo mês, e se a produção for boa, os preços poderão cair. Mas, no momento, a oferta continua preocupando", afirmou um trader de Bangcoc.

No Vietnã, as cotações de arroz com 5% de quebrados permaneceram inalteradas em relação à semana anterior, na faixa de US $ 440 a US $ 450 por tonelada. "No entanto, o preço do arroz doméstico aumentou significativamente nos últimos dias, com os comerciantes acumulando grãos em antecipação a preços mais altos devido à segunda onda do COVID-19 ao Vietnã", assegurou um agente de negócios da província de An Giang, no Delta do Mekong. "As atividades de exportação estão calmas esta semana porque muitas empresas hesitam em assinar novos contratos, temendo não poder comprar arroz suficiente para cumprí-los", acrescentou.

As exportações de arroz nos primeiros sete meses de 2020 do Vietnã devem cair 1,4% em relação a 2019, indicou o governo do país.

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