Preço do arroz e óleo doem no bolso

Com produção menor, alimento que é a base das refeições já tinha alta de preço esperada. Em Itajaí, o quilo do arroz custa até R$ 3,88.

Considerado o item básico da alimentação do brasileiro, o arroz vem subindo de preço nos últimos meses e o impacto é sentido diretamente no bolso do consumidor. Se antes um pacote de 5 kg custava na faixa de R$10,00, hoje ele é encontrado nas prateleiras de Itajaí até pelo dobro do preço. Outros produtos, como o óleo de cozinha, também tiveram acréscimo considerável.

A última pesquisa do Procon, no início desse mês, aponta que o preço do arroz mais barato encontrado em Itajaí é de R$ 2,59, ou seja, 50 centavos mais caro do que no início de agosto, o que representa um aumento de 24%. Já o óleo de cozinha, que há um mês custava R$ 3,69, virou setembro custando R$ 4,89, segundo a pesquisa do Procon. Um aumento de 32,5% no valor.

A auxiliar de dentista M.A., 28 anos, conta que tem dois filhos pequenos e que está cada vez mais difícil colocar comida na mesa de casa.

“Em plena pandemia vem um super aumento nos alimentos, é certo isso? A gente procura o mais em conta, mas está difícil. Deixar de comprar é impossível, precisamos comer e alimentar os filhos. Eu consegui manter meu emprego, mas muitas famílias não conseguiram, então não falo só por mim, mas em nome de todos”, analisa. Ela diz que outros produtos básicos, como feijão e o leite também sobem de preço a cada mês.

Alta já era esperada

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (FAESC), Enori Barbieri, explica que a alta no preço do arroz já era esperada desde a última colheita, no início do ano. Segundo ele, a produção de arroz diminuiu no Brasil, já que devido à baixa margem de lucro, muitos agricultores do Rio Grande do Sul e até de Santa Catarina migraram para o plantio de soja ou o milho, cujo lucro e colocação no mercado interno e internacional são melhores.

Se antes o país produzia e consumia 12 milhões de toneladas por ano, na última colheita foram produzidos 10,4 milhões. Além disso, o país começou a exportar mais arroz, em especial para o México, depois de um acordo comercial firmado pelo governo federal. Com isso, restou ainda menos produto para o mercado interno. A consequência, claro, é a alta dos preços.

Para Barbieri, a tendência é que os preços se estabilizem ou subam, já que a próxima colheita começa só no final do ano. A alternativa adotada pelo governo federal tem sido a liberação da importação, mas com o dólar em alta, os importados chegarão com preços mais altos do que os produtos brasileiros.

Responsabilidade dos fornecedores

A associação Catarinense de Supermercados (Acats) informou que tem buscado minimizar o impacto dos preços no consumidor final junto a representações setoriais da indústria e do governo federal, mas responsabiliza os fornecedores pelos constantes reajustes.

“Como segmento que tem o contato com o consumidor final, onde as variações de preços de produtos se realizam na prática, o setor supermercadista reitera que não tem responsabilidade na formação de preços, sendo da cadeia anterior”, diz em nota.

1 Comentário

  • Boa tarde, fico indignado com a situação do meu pais onde primeiro alimentamos outros povos e ficamos sempre com a sobra a um custo altíssimo, veja um pais que e um dos maiores produtores de soja do mundo tem um óleo de cozinha a R$5,00 como pode exportar arroz para o México sabendo que isso vai fazer o mesmo aumentar em 3x o custo para o povo já tão sofrido com um carga tributária sem procedentes para manter o luxo de Brasília, todos tiveram redução de salários ou foram demitidos já nossos governadores não perderam nada. Acho que já está na hora de nosso povo tomar as rédeas do pais antes que tudo acabe, rasgar a constituição e escrever outra para o povo e não para politico.

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