Preço do arroz deve se manter alto até 2021, afirma agrônomo

Além disso, a safra de arroz neste ano diminuiu, ao mesmo tempo em que a procura pelo produto despontou durante o período de pandemia do novo coronavírus.

O preço do arroz deve seguir em alta na região pelo menos até a próxima safra, em meados de março de 2021, o que deve fazer o preço aumentar ainda mais nas próximas semanas, de acordo com o agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fabio Vezzá de Benedetto. Na visão do especialista, se houver uma redução da taxa de importação do alimento, o cenário pode ser aliviado, com um custo menor, no entanto ainda insuficiente para resolver a questão dos preços acima da média.

Um pacote de cinco quilos, que normalmente seria vendido a cerca de R$ 13 no ano passado, chegou a custar R$ 17,62 em agosto deste ano, variação de 32,21%. Porém, segundo o agrônomo, com a alta procura, o produto pode chegar a custar ainda mais caro. “Mesmo com o preço alto, o arroz não deixou de ser procurado e consumido pelos brasileiros, porque ainda sim é um dos produtos mais baratos do mercado”, explica Benedetto.

De acordo com o agrônomo, entre as diversas justificativas para o aumento do valor do produto, está a exportação antecipada do arroz, o que despreparou o Brasil em um período de crise. “Os aumentos são dos fornecedores de alimentos, que são provenientes de variações mercadológicas como maior exportação, câmbio e quebra de produção. Exportamos o pouco que tínhamos e agora ficamos sem em período de plantação, então teremos que aguardar a próxima safra, que acontecerá somente ano que vem”, enfatiza.

Além disso, a safra de arroz neste ano diminuiu, ao mesmo tempo em que a procura pelo produto despontou durante o período de pandemia do novo coronavírus. “Com o isolamento social, as famílias passaram a consumir mais alimento, num ano de menor oferta, então o preço cresceu”, afirmou o agrônomo ao lembrar que o mesmo ocorreu com o leite, outro produto que apresentou alta em agosto, este de 27,66% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Segundo o agrônomo, em um período ao qual as pessoas estão se alimentando mais, o gado precisa de uma melhor suplementação e, para isso, também consomem mais comida, o que gera mais gastos e eleva o preço do produto. “Isso vai encarecer o valor do litro do leite nos supermercados, por isso a pequena variação”, explica.

Já com a chegada da Primavera, a expectativa é que o preço das hortaliças e das frutas cítricas tenham uma leve queda e chamem atenção da clientela nos supermercados. “A tendência é que assim que o clima se estabilizar, as frutas de época e as hortaliças chamem atenção com preços mais acessíveis e que atraiam o consumidor”, diz. “É momento certo de comprar frutas e hortaliças e deixar as vitaminas em dia antes de aproveitar aquele sol quente ou ir à praia”, sugere.

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