Cuba vai comprar arroz do Paraguai

 Cuba vai comprar arroz do Paraguai

Governo e entidades paraguaias estão trabalhando na abertura de novos mercados

Em 2020 o Paraguai exportou mais de 830 mil toneladas, segundo o governo do país.

O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde de Sementes e Plantas (Senave) informou que o Ministério da Agricultura de Cuba autorizou oficialmente a aquisição do arroz paraguaio, razão pela qual agora se torna um novo mercado para este produto. O anúncio foi comemorado pela cadeia produtiva arrozeira, uma vez que Cuba é um dos grandes importadores do grão no Ocidente e costuma adquirir tanto dos demais países do Mercosul, em especial o Brasil, quanto da Ásia, em especial do Vietnã. A licença é para arroz branco, polido.

A carteira agrícola cubana havia comunicado a Senave sobre os requisitos fitossanitários exigidos pela ilha caribenha para a importação de grãos de arroz de origem paraguaia, o que implica a viabilização de seu mercado. O engenheiro agrônomo Rodrigo González, presidente da Senave, explicou que as ações foram realizadas em parceria com o (MAPA) e Ministério das Relações Exteriores.Ressalte-se que o arroz se consolida como item de exportação, visto que, nos últimos dez anos, registrou aumento sustentado dos volumes enviados ao exterior.

Agora as tratativas são com a empresa paraguaia que negocia a exportação de 30 toneladas de arroz para Cuba com a agência de fitossanidade da ilha caribenha. A expectativa é de que a negociação esteja fechada em 60 a 90 dias e os primeiros dois contêineres sejam embarcados. A negociação é realizada por empresas associadas à Câmara Paraguaia de Industriais do Arroz (Caparroz).   

No ano passado, o Paraguai exportou um volume total de 843.080 toneladas de arroz (base casca) para 32 destinos, sendo o Brasil com larga vantagem o maior cliente. 

As empresas paraguaias acreditam que será possível negociar, num curto espaço de tempo, entre 25 mil e 30 mil toneladas de arroz beneficiado com o novo cliente caribenho.

3 Comentários

  • Só 30 ton ? arroz de qualidade, deve ser somente para elite do regime comunista Cubano. Uma carreta não é nada, volume inexpressivo. E ainda vão levar de 60 a 90 dias para fechar o negócio. Coisa de regime totalitário.

  • Carlos, obrigado pelo seu comentário.

    É importante lembrar que Cuba é um dos três principais clientes em compras de arroz (em volume e beneficiado) do Brasil (leia-se Rio Grande do Sul). No último ano foram cerca de 90 mil toneladas. Na última década nos aproximamos de 1 milhão de toneladas exportadas para este destino. E o regime é o mesmo que está comprando este volume inicial, segundo o Governo do Paraguai. Conforme as informações obtidas, a primeira compra costuma ser uma amostra para avaliação da aceitação pelos consumidores. Uma maior concorrência do Paraguai impacta de diversas formas o Mercosul, em especial se for no mesmo padrão (branco). O regime não faz diferença. Afinal, nossos grandes clientes do beneficiado são Venezuela, Cuba. Na soja e no milho, algodão e nas carnes, a China. Todos considerados totalitários. Quando se fala de comércio, interessa vender e ter quem compre. E no nosso caso, e do Mercosul, é preciso exportar para valorizar o arroz no mercado interno e equilibrar oferta e demanda porque temos excedente produtivo. Um abraço.

  • Ok beleza, exportar nosso excedente é preciso, porém cabe salientar que no governo anterior, financiamos o porto de Mariel via BNDES e a reciprocidade na compra de arroz esta sendo via nosso concorrente Paraguai, que deve ter financiado algum projeto no país em questão, fato que talvez desconheçamos….
    Fidelização na compra talvez não seja a prioridade em virtude de antagonismos entre governos democráticos e regimes totalitários.
    Mercado no meu simplório entender nada significativo.

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