Farsul pede alteração na política de preço mínimo ao Mapa
Enquanto colheita avança, setor se movimenta em busca de mudanças no sistema de crédito
Solicitação foi encaminhada à ministra Tereza Cristina nesta segunda-feira.
A Farsul encaminhou, nesta segunda-feira (15), um documento à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina no qual pede a substituição de um trecho do Manual de Crédito Rural (MCR) relativo à Política de Garantia de Preços Mínimos (Pgpm). A razão está na grande diferença entre os valores praticados no mercado e os preços mínimos estipulados pelo governo. No caso do arroz, por exemplo, a variação chega a 111,55%, dificultando o exercício do Financiamento Especial para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEE – antigo EGF).
Os produtores estão tendo dificuldades de fazer o FEE e preferindo produtos bancários dentro do crédito livre, que apesar de maiores juros, exigemm menos garantias. Isso acaba por comprometer o bom funcionamento da política agrícola.
A solicitação é que no item 3-4-13 do MCR onde diz que "o FEE tem como base o preço mínimo dos produtos amparados pela Política de Garantia de Preço Mínimo…", seja substituído por "O FEE tem como base o preço estipulado pelo agente financeiro que não poderá ser inferior ao preço mínimo dos produtos amparados pela Política de Garantia de Preço Mínimo…". A justificativa da entidade é de que os riscos relativos à operação são dos agentes financeiros que podem estipular preço base na busca por competitividade.
Antonio da Luz, economista-chefe da Farsul, explica que o pedido de desvinculação dos "EGFs" do preço mínimo tem como objetivo permitir que o banco possa estipular livremente o preço. "Hoje um produtor com 10 mil sacos irá pegar um FEE (antigo EGF) de R$ 401,8 mil entregando R$ 850 mil em arroz, pois o preço mínimo é de R$ 40,18 por saca e o mercado está acima de R$ 85,00", resume.