Os altos rendimentos persistem quando o Uruguai chega a 25% colhidos na área de arroz

 Os altos rendimentos persistem quando o Uruguai chega a 25% colhidos na área de arroz

Produtividade em várias lavouras está acima de 10 toneladas por hectare

Ainda há relatos de fazendas que atingem mais de 10.000 quilos por hectare e estima-se uma média nacional de 8.800 quilos, no patamar das melhores da história.

A área de plantio do Uruguai foi estimada em pouco mais de 140 mil hectares pela cadeia arrozeira. E, com 25% da área já colhidos, seguem os relatos de muitas lavouras alcançando mais de 10 mil quilos por hectare de produtividade, o que faz os uruguaios preverem uma média nacional de 8,8 mil quilos, o que seria um novo recorde de rendimento.

A colheita do arroz avança a bom ritmo, com ligeiras interrupções e atrasos devido às chuvas que ocorreram na semana passada, mesmo sendo retomada a trilha em praticamente todos os campos a serem colhidos ainda durante a semana.

Alfredo Lago, presidente da Associação dos Produtores de Arroz (ACA), destacou ao jornal El Observador, de Montevidéo, que "estamos diante de uma safra muito boa de arroz", com uma produtividade média em nível nacional estimada para alcançar 8.800 quilos por hectare.

“A expectativa é boa e é capaz de o arroz nos trazer uma surpresa e termos mais alguns quilos na média, mas temos que esperar”, acrescentou Lago.

Se esse desempenho for alcançado, será superior ao máximo histórico, que foi um pouco acima de 8.700 quilos na temporada passada.

Enfim, para usar a palavra "recorde" é preciso esperar, alertou o produtor.

As expectativas são baseadas no fato de que, por exemplo, na parte norte do país, metade da área colhida e relatórios de médias continuam a ser ouvidos na faixa de 9.800 a 10.000 quilos por hectare.

"Isso é de se esperar, porque os primeiros campos a serem colhidos são os que apresentam melhor produtividade em cada região", explicou Lago.

Com base nos dados atualizados na passada sexta-feira, a colheita tinha atingido 17% ou 18% da área na zona oriental do território nacional e 50% na zona norte, que é onde as primeiras culturas estão a ficar prontas, o que faz com que no a nível de país é possível falar de 25% da área total colhida.

Outros dados

A safra de arroz 2020/21 ocorre em 143 mil hectares, segundo o setor produtivo, acima dos 136 mil da safra anterior. Estima-se que haja 450 produtores envolvidos, entre 12 e 15 a mais do que os que atuavam em 2019/20.

A entidade acredita que pouco mais de 20% do arroz colhido já está vendido, em negócios de exportação; os principais clientes são Iraque, países da União Européia, Peru, México e Brasil.

A colheita de arroz para a safra 2020/2021 está avançando a um bom ritmo, na avaliação de Lago, ainda que um pouco mais atrasada que no ano passado. 

Baixo impacto de chuvas

Relativamente aos impactos das chuvas registadas há poucos dias, “não foram muito fortes em muitas das áreas de arroz, embora tenha havido alguns episódios de ventos e para a planta nesta fase isto pode ter algum efeito”, disse.

O que não gera é uma parada importante no trabalho de colheita, ao contrário do que pode acontecer nas safras de sequeiro, como a soja.

No caso da oleaginosa, frisou, é preciso esperar até "ter piso" para as máquinas entrarem nas lavouras, coisa que não acontece nos arrozais onde se costuma trabalhar em superfícies muito úmidas, com água e até lama.

Outro detalhe é a umidade no grão. No caso da soja, é preciso colher com 13% ou
menos para evitar o custo de secagem, quando no caso do arroz é sempre colhido com um
em média 20% e você sempre tem que secar o grão.

“A única limitação é a estrada, pois há o deslocamento de maquinários e da colheita em melhores ou mais precárias condições e isso pode demorar um pouco para as atividades após as chuvas", enfatizou Lago.

Preço do arroz

Houve uma reunião entre produtores e setor industrial para acertar o preço final do arroz para a safra 2019/2020. Nela, Lago destacou, “pudemos expressar nossas posições, a verdade é que estamos um pouco distantes, mas entendemos que poderemos avançar nas próximas semanas”.

Embora seja difícil adivinhar um valor que possibilitasse um acordo, visto que diversos fatores afetam a negociação, todo o arroz daquela safra foi vendido prematuramente por valores bem superiores aos anteriores nas exportações, "portanto, espera-se que haverá um aumento notável nos pagamentos aos arrozeiros".

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter