Paraguai projeta safra com quebra de 30% nesta temporada

Safra atípica já interfere nos volumes exportados no início do ano.

Produtores paraguaios confirmaram, esta semana, uma perda média de produtividade em torno de 25% nas lavouras da bacia do Rio Tebicuary, a mais importante do país e que é referência em tecnologia e altos rendimentos. A quebra pode passar de 30% no país. Além disso, o atraso na colheita fez com que entre janeiro e fevereiro fossem exportadas apenas 67.867 toneladas de arroz, abaixo das 95.500 toneladas registradas no mesmo período de 2020.

O presidente da Federação Paraguaia dos Produtores de Arroz (Feparroz), Luis Arréllaga, explicou que a safra normal termina em fevereiro, mas neste ano se estendeu até março, o que resultou nos baixos embarques nos dois primeiros meses e incluiu grãos remanescentes da safra 2020. Arréllaga alertou para a queda de até 30% na produção, de 1,1 milhão de toneladas no ano passado para cerca de 850 mil toneladas em 2021. Essa diminuição se deve ao clima adverso que causou redução de área e perda produtiva por falta de água para irrigar.

Os preços são animadores, 30% superiores aos obtidos em 2020, segundo o Banco Central do Paraguai. O dirigente da Feparroz acredita que essa vantagem em geral vai compensar a queda na produção, mas esclareceu que não vai beneficiar todos os produtores de forma igual. Os traders, no entanto, têm destacado o excesso de grãos quebrados na colheita paraguaia.

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