RS pode perder o Indicador de Preços do Arroz Esalq/Senar-RS

 RS pode perder o Indicador de Preços do Arroz Esalq/Senar-RS

RS perderá indicador diário de preços e relatórios semanais e mensais de acompanhamento do mercado por tipo de arroz se não encontrar solução (Marcus

(Por Planeta Arroz) A principal referência das cotações nas seis regiões arrozeiras do Rio Grande do Sul e a média de preços do Estado, avaliada diariamente, será desativada até julho se não encontrar uma nova instituição que financie a pesquisa. O Senar-RS deixou de cobrir os custos com o indicador desde agosto de 2020 e o mecanismo vem funcionando por conta do próprio Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) que pertence à Universidade de São Paulo (USP).

A prorrogação só foi mantida porque houve conversações para que o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) assumisse o financiamento do projeto, cujo investimento é de aproximadamente R$ 150 mil por ano. No entanto, a burocracia do Estado mais uma vez engessou o processo.

Entre outras coisas, apesar de o instituto contar apenas com um economista atualmente para todas as atividades da área – desde o seguro granizo até as estatísticas e análises diversas de suporte à diretoria comercial e industrial – houve um parecer de que o Irga não poderia terceirizar um “serviço” que está em suas atribuições básicas. Exemplos deste tipo de serviços contratados não faltam hoje e nem na história da instituição.

A novidade, agora, é que novo parecer pede provas de “acreditação pública da Esalq/USP”, algo que embora protocolarmente precise ser documentado, não pode ser mais óbvio. No entanto, estes pareceres podem ser cobrados, futuramente, dos diretores pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), portanto, embora extremamente importante para a cadeia produtiva, a burocracia estatal parece quase intransponível.

Diante desta situação, o Cepea/Esalq/USP deu um ultimato à cadeia produtiva gaúcha: ela precisa achar uma solução ou, por inviabilidade financeira, o programa será suspenso. O Estado de Santa Catarina chegou a anunciar o início de um convênio similar há alguns anos para formalizar um indicador ao arroz catarinense, no entanto, por falta de um financiador não levou o projeto adiante.

No Cepea, os coordenadores confirmam a informação de que o programa está financeiramente descoberto e é mantido há quase um ano com recursos próprios enquanto aguarda uma posição da cadeia produtiva gaúcha, e que por estes mesmos motivos, o prazo para extinguir o programa do indicador está chegando ao final. “Não é o que queremos, não é o que pretendemos e temos esperanças de manter o projeto, mas nas atuais circunstâncias não é viável, pois há custos envolvidos com equipe e estrutura”, informou um dos integrantes.

Para o Rio Grande do Sul, a perda de uma referência nos preços do arroz é um prejuízo incalculável. Planeta Arroz espera que a cadeia produtiva encontre, e rápido, uma solução.

 

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter