Preços mundiais do arroz com tendências mistas
(Por Patrício Méndez del Villar, InterArroz/Cirad) Em maio, os preços mundiais do arroz tiveram tendências mistas, dependendo da origem. Nos Estados Unidos, os preços subiram 7%. Por outro lado, os preços tailandeses e indianos diminuíram, dentro de um mercado ativo. No Vietnã e no Paquistão, os preços permaneceram relativamente firmes, com preços 1% a mais em um mês. A demanda mundial esteve estável, mas deve retomar no segundo semestre do ano. Estima-se que o comércio mundial de arroz aumentará 6% em 2021 para 45,4 Mt, em grande parte devido à forte demanda africana.
Em maio, o índice OSIRIZ/InfoArroz (IPO) permaneceu relativamente estável em 230,9 pontos (base 100=janeiro de 2000) contra 230,5 pontos em abril. No início de junho, o índice IPO tendeu a cair para 228 pontos.
Nos Estados Unidos, os preços reagiram às baixas disponibilidades exportáveis nesta época do ano, dois meses antes do início da nova colheita. Em maio, as exportações teriam atingido apenas 245.000 t contra 338.000 t em abril, mostrando um atraso de 7% em comparação ao ano passado na mesma época. Em maio, o preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 marcou $ 620 contra $ 581 em abril. No início de junho, o preço permaneceu firme. Na Bolsa de Chicago, os preços futuros do paddy subiram 3% para $ 301/t contra $ 292. No início de junho, os preços tinham uma tendência mais baixa.
No Mercosul, os preços de exportação caíram 2% em mercado pouco ativo. As colheitas terminaram e foram boas no Brasil e no Uruguai. Em maio, as exportações brasileiras foram reduzidas para 50.000 t (base beneficiado) contra 77.000 t em abril, acusando um atraso de 40% em relação a 2020 na mesma época. O preço indicativo do grão em casca brasileiro subiu ligeiramente para $ 315/t contra $ 313 em abril. No início de junho, o preço marcava $ 303.
Na África subsaariana, os preços internos foram globalmente estáveis, exceto na Costa do Marfim, Mali e Guiné, onde foram observados pequenos aumentos após uma redução nos estoques.
A demanda de importação tende a reativar-se e deve atingir um nível recorde em 2021, 17,8 Mt contra 15,6 Mt em 2020. As importações africanas representariam 37% das importações mundiais.