Preços do arroz em casca enfraqueceram na semana, mas mantêm alta no mês
(Por Cleiton Evandro dos Santos, AgroDados/Planeta Arroz) O mercado brasileiro do arroz em casca apresentou nova semana de preços entre estáveis e leve retração com cautela tanto de parte do comprador quanto do vendedor. Sem novos movimentos no porto, as tradings seguem recebendo novas sondagens e buscando mais informações junto aos grandes produtores e indústrias, mas sem capacidade de firmar negócios em volume. A indústria e o varejo mantêm o mesmo comportamento, acompanhando o movimento da parte vendedora. Ocupados com as tarefas de pré-plantio, os arrozeiros têm optado por fracionar os lotes e vender apenas diante de alguma necessidade ou oportunidade, no caso das empresas que aceitam pagar até R$ 2,00 acima das médias regionais.
Parte da cadeia produtiva estima que o carregamento de um estoque de aproximadamente 5,4 milhões de toneladas (produção, menos beneficiamento e saídas indicados pela CDO), ainda desconsiderando importações e estoque inicial, deverão começar a pesar no Rio Grande do Sul e forçar um avanço da oferta. Ao mesmo tempo, esperam que o vencimento dos FEE´s (ex-EGF´s) em outubro também pressione por oferta. No mercado livre gaúcho os preços estão variando, entre as regiões, de R$ 77,00 a R$ 81,00, com posições mais fracas nas regiões da Campanha e Central.
Já o Indicador de Preços do Arroz Esalq/Senar-RS, encerrou esta semana em ritmo lento no Rio Grande do Sul, com poucas negociações efetivas. “Muitos agentes se mantiveram afastados do mercado, mas os compradores ativos ofertaram valores menores – estes agentes chegaram a indicar preços 2 reais/saca abaixo os praticados no final da semana passada”, indica o relatório diário.
Na sexta-feira, 27, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, recuou 0,22% frente ao de quinta-feira, fechando a R$ 76,63/sc de 50 kg – trata-se da sexta queda consecutiva. No balanço da semana (de 20 a 27 de agosto), a baixa do Indicador é de 0,85%. Em função do comportamento do câmbio, houve um ganho em dólar e as cotações geraram equivalência em US$ 14,75 para os 50 quilos em casca. Os exportadores afirmam que os preços médios deveriam estar entre US$ 13,00 e US$ 14,00, posto no porto, para que o Brasil pudesse brigar por posições no mercado externo.
Apesar das retrações, da semana, o mês de agosto que chega ao fim nesta terça-feira, acumula até agora uma valorização de 1,3%. Em moeda brasileira, a melhor média do indicador foi alcançada em 13 de agosto, com R$ 77,93. Já em dólar, foi no dia 10 de agosto, em US$ 14,92.