Exportações de arroz da Tailândia devem aumentar devido ao baht mais fraco
Produtor tailandês trabalha em sua colheita
(Por Planeta Arroz) Nos primeiros oito meses deste ano, as exportações de arroz da Tailândia foram de 3,18 milhões de toneladas, com valor de exportação de 58,68 bilhões de baht, moeda local, queda de 14% em relação ao mesmo período do ano passado.
As exportações de arroz da Tailândia devem aumentar no último trimestre do ano, à medida que um baht mais fraco torna o arroz tailandês mais competitivo e aumenta sua demanda global.
O diretor-geral do Departamento de Comércio Exterior, Keerati Rushchano, disse que as exportações de arroz do país começaram a melhorar desde junho com o aumento das compras da China, Filipinas, Camarões, Malásia, Moçambique e Cingapura.
“As exportações de arroz da Tailândia devem aumentar continuamente no último trimestre, com mais de 700.000 toneladas por mês”, disse ele com base nos documentos de licença de exportação de setembro.
De acordo com um relatório do Bangkok Post, as exportações de arroz aumentaram quase 125%, para 877.555 toneladas, com os números de 1º a 18 de outubro aumentando em mais de 47%, para 380.234 toneladas, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Nos primeiros oito meses deste ano, as exportações de arroz da Tailândia foram de 3,18 milhões de toneladas, com valor de exportação de 58,68 bilhões de baht, queda de 14% em relação ao mesmo período do ano passado.
“No entanto, ainda acreditamos que o país está a caminho de exportar seis milhões de toneladas de arroz este ano, conforme a meta”, disse ele, com base no baht mais fraco, queda global de casos Covid-19 e relaxamento das medidas de bloqueio em todo o mundo.
O presidente honorário da Associação de Exportadores de Arroz da Tailândia, Chookiat Ophaswongse, disse que o baht mais fraco, que se desvalorizou 13% em relação ao dólar americano este ano, resultou em preços de exportação mais baixos do arroz tailandês e o tornou mais competitivo.
Os preços do arroz quebrado de 5% na Tailândia foram cotados a US $ 400 por tonelada na sexta-feira, abaixo dos US $ 451 por tonelada do Vietnã. No início deste ano, os preços do arroz branco tailandês chegavam a US $ 520 por tonelada. Nos últimos anos, o arroz vietnamita tem conquistado mercados como Malásia, Filipinas e China. Mas os recentes preços mais baixos criaram mais demanda por arroz tailandês nesses países.
Chookiat disse que a produção de arroz tailandesa deve aumentar na safra 2021/2022, com a produção de arroz beneficiado estimada em 20 milhões de toneladas, ante 17 milhões na temporada anterior. Enquanto isso, a Bloomberg informa que o preço dos fertilizantes deve subir para a próxima temporada de plantio. O custo do fertilizante na Tailândia deve dobrar a partir de 2020, com preços agora em 16.000 baht (US $ 480) por tonelada, em comparação com uma média de 10.000 baht no ano passado, de acordo com Pramote Charoensilp, presidente da Associação de Agricultores da Tailândia.
“Será um problema para os arrozeiros nos próximos meses. Muitos deles já colheram o arroz da safra passada e estão se preparando para o plantio, por isso vão precisar de fertilizantes. “Uma tonelada de fertilizante agora é mais cara do que uma tonelada de arroz”, disse Pramote à Bloomberg.
A Tailândia compra quase todos os seus fertilizantes do exterior, inclusive da China. A China também intensificou a inspeção de suas exportações de fertilizantes em meio à preocupação com o impacto do aumento dos preços na segurança alimentar doméstica. O país é um importante fornecedor de ureia e fosfato para o mercado global, incluindo Índia, Paquistão e países do sudeste asiático. Embora as inundações recentes tenham poupado a maior parte dos campos de arroz da Tailândia, os custos dos fertilizantes se tornarão um grande problema para os agricultores que já lutam com os preços baixos, disse Pramote.
De acordo com o relatório, os custos dos fertilizantes também estão impactando outros países asiáticos, com o departamento de produção de plantas do Vietnã incentivando os produtores de arroz a reduzir o uso de fertilizantes pela metade. Enquanto isso, nas Filipinas, o administrador da Autoridade de Fertilizantes e Pesticidas, Wilfredo Roldan, espera que os preços locais do arroz e do milho aumentem, já que os fertilizantes respondem por até 70 por cento do custo de produção.
