Conab sobe previsão da safra de arroz, mas ainda será 9,1% menor
(Por Planeta Arroz) Com cerca de 95% da colheita nas áreas dos seis principais estados produtores de arroz já concluídas, a Conab apresentou o seu 8º Levantamento da Safra de Verão, que trouxe como novidade o já esperado ajuste parcial na produção nacional por causa do desempenho do Rio Grande do Sul, que será maior do que o esperado nos últimos meses. A companhia ampliou em 170 mil toneladas a expectativa total, sobre o relatório de abril, ajustando a produtividade para 7.810 quilos por hectare nas terras gaúchas.
Com isso, a Conab estiva que a produção gaúcha alcançará 7,48 milhões de toneladas, 120 mil t acima do previsto no levantamento anterior. As outras 50 mil t virão de outros estados. Em área a safra 2021/22 apresentará uma redução de 3% em comparação à safra, atingindo 1.629,2 mil hectares, enquanto a produção passará a atingir 10.695,4 mil toneladas, uma redução de 9,7% em relação aos 10,53 milhões de t da temporada anterior.
Segundo a empresa de estatística e armazenagem, a superfície de arroz irrigado é estimada em 1.302,1 mil hectares, enquanto a de sequeiro deve apresentar redução de 12,5% em relação à safra 2020/21, estimada em 327,1 mil hectares. No final de abril, 100% das lavouras já tinham sido semeadas no país e, até 15 de maio 94,7% da safra nacional estava colhida.
OFERTA E DEMANDA
A Conab estima que a safra 2021/22 de arroz será 9,1% menor que a safra 2020/21, projetada em 10,7 milhões de toneladas. Esse resultado é reflexo, principalmente, da estimativa de significativa redução da produtividade (-6,3%) em conjunto com a projeção de redução de área da cultura (-3%), com base em verificação em campo realizada pelos colaboradores das superintendências regionais.
Especificamente sobre a produtividade, o cenário de anormalidade climática identificado na safra 2021/22, resultado do fenômeno La Niña, acarreta queda. Sobre a área, a boa perspectiva de rentabilidade das culturas concorrentes por área e a elevação dos preços dos insumos resultaram em retração do cultivo. Sobre o quadro de oferta e demanda do arroz, não houve importantes alterações dos números apresentados, exceto o ameno reajuste para cima da produção.
Sobre a balança comercial, para as exportações, a perspectiva é que haja incremento do volume comercializado para 1,3 milhão de toneladas, com leve viés de valorização do mercado orizícola internacional e a alta demanda dos principais países importadores. Para as importações, estima-se uma estabilidade do volume em 1 milhão de toneladas.
Como resultado, projeta-se um cenário de diminuição dos estoques finais da cultura do arroz, totalizando um montante de 2,1 milhões de toneladas em dezembro de 2022.