Fenarroz encontrou seu caminho

 Fenarroz encontrou seu caminho

(Foto: Robispierre Giuliani)

(Por Vinícius Severo, Planeta Arroz) A Feira Nacional do Arroz (Fenarroz) parece ter encontrado seu caminho ao concluir a sua 22ª edição nesse domingo que, junto com o feriado de quinta-feira e o sábado, foi um dos dias de maior presença de público no parque de exposições do Sindicato Rural de Cachoeira do Sul. O sentimento entre os expositores é de satisfação com o principal evento de Cachoeira do Sul, pós-pandemia, agora, com um foco definido em valorizar os negócios do agro, deixando de lado a parte festiva por parte do evento.

Isso não fez com que a Fenarroz deixasse de ser um espaço cultural, muito pelo contrário. Ele se ramificou em diversos estandes, tanto no ambiente externo como no pavilhão. As próprias empresas contrataram músicos e apostaram nesse entretenimento para se aproximarem mais de seus clientes.

A percepção de que a Fenarroz encontrou seu rumo é fruto também de uma relação de união do empresariado cachoeirense com o evento.

As grandes empresas cachoeirenses ligadas ao campo abraçaram e apostaram na Fenarroz. Foram com todo seu potencial de maquinário para o parque externo, por exemplo.

E, na avaliação de expositores ouvidos pela reportagem, o resultado é de aprovação. Há espaço para melhorar, mas as sugestões de pequenos ajustes foram feitas diretamente para a executiva da feira, um processo que acontece a todo ano.

FALTA DE RECURSOS

O que acabou sendo um ponto negativo foi a falta de recursos subsidiados para o campo investir na atualização da lavoura e infraestrutura de armazenagem. Sem a liberação dos recursos do Plano Safra houve menor volume de fechamento de negócios.
Mesmo assim, expositores e organizadores são unânimes em afirmar que a feira foi muito positiva para a prospecção de novos clientes e networking.

Fala, expositor

O que você achou da feira?

“A Fenarroz é uma feira que a gente sempre gosta de participar pelo relacionamento, seja com a executiva, a comunidade e, principalmente, com nossos clientes. Nossa expectativa este ano já foi superada. Como estamos sem financiamento e Plano Safra, tivemos ótima procura de consultas e implementos. As vendas estão, inclusive, acima das nossas expectativas, seja na parte de peças, onde estamos com pacotes tanto na feira como dentro das lojas e temos conseguido fechar bastante negócios, assim como serviços. A feira traz bons frutos, se não for imediato, é para o futuro. E a Fenarroz está bem organizada e bonita”.

Juliana Jaeger Beckel, da Líder Tratores

 

“A Fenarroz voltou com um viés diferente dos outros anos. A administração focou nos negócios, e isso foi um pedido dos produtores e expositores de máquinas e implementos agrícolas, o que ainda pode ser melhorado. O desejo do setor é que a feira tenha esse objetivo, trazer retorno para as empresas que estão apostando no evento, e, por consequência, investimentos nas lavouras de nossos produtores. Para a Jacuí Agristore, a feira superou a expectativa. Encaminhamos vários negócios e consolidamos ainda mais a revenda e a marca Semeato na região”.

Xafi Abrahão Nazar Filho, da Jacuí Agristore

“Nossas sugestões de melhorias já passamos à feira. Quanto à feira, fiquei bem feliz pela proporção dela, voltou a ter uma vida, respirou de novo. Nós vínhamos de feiras conturbadas, e a pandemia não ajudou. Alguns expositores abraçaram e vieram, principalmente o setor de máquinas, com todos estandes muito bem montados, trazendo as máquinas e tendências. De negócios, nem tão boa pelo motivo principal de não haver recursos financeiros nos bancos, já que devem ser anunciados na semana que vem. E estamos vivendo um momento de muita oscilação de preços de insumos, e o pessoal está tentando fixar os custos para depois ver maquinários. E mesmo os que queriam ver máquinas, ainda estão receosos pela falta de financiamentos”.

Cassiano e Mirtis Preuss, Arrozeira Marina

 

“A avaliação é positiva. Tendo em vista toda situação de escassez de recursos de crédito, percebemos que houve boa visitação do produtor e encaminhamento de negócios, não tanto fechamento, mas mais prospecção. A Fenarroz tem que ter foco. Não é a circulação de pessoas que faz o evento ser bem-sucedido. O investimento do expositor é alto para se mostrar e tentar encaminhar bons negócios”.

Paulo Alex Falcão, presidente da Sicredi

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