Coronavírus põe em risco a balança comercial do arroz

 Coronavírus põe em risco a balança comercial do arroz

Covid-19 está alterando a movimentação nos portos

Autoria: Cleiton Evandro dos Santos – analista de mercados e editor de Planeta Arroz.

Se houve quem esperasse que as posições brasileiras fossem fortalecidas no comércio internacional por conta da propagação do Covid-19, com dificuldades de produção e abastecimento nos principais epicentros de ocorrência da doença, hoje a expectativa é de que tal qual o vírus, o efeito e os danos se alastrem pelo mundo afora, em especial no comércio mundial.

No caso da orizicultura, a preocupação está na exportação de arroz beneficiado, em contêineres. A mesma situação afeta café, tabaco, carnes e tudo que precise de estufamento em TEUs.

Isso porque, essas estruturas que circulam pelo mundo inteiro, de navio em navio, de porto em porto, de indústria em indústria, estão sendo retidos na China há mais de 45 dias e, agora, começam a ser retidas também em alguns portos europeus. Acredita-se que em alguns dias, os Estados Unidos deve adotar medidas similares com o foco na prevenção sanitária.Ou seja, a tendência é de que comecem a faltar contêineres nos próximos meses para suportar o volume de cargas mundiais, mesmo com redução das transações globais. 

O anúncio da condição de pandemia mundial, pela OMS, ampliou a adoção de cuidados.

O segmento industrial do arroz do Rio Grande do Sul vê com preocupação este cenário. A cadeia produtiva do Café também já publicou nota neste sentido.

Em 2019 o Brasil exportou cerca de 600 mil toneladas de arroz beneficiado, tendo o Peru e o Iraque como principais mercados. Isso ajudou na geração de um superávit na balança comercial do arroz, em cerca de 360 mil toneladas (base casca).

Na navegação de cabotagem também o arroz usa contêineres e se tornou um dos principais segmentos de uso do Terminal de Contêineres do Porto de Rio Grande (Tecon). A preocupação não é restrita à indústria, uma vez que é do conhecimento da cadeia produtiva que exportar é um dos fundamentos para manter os preços internos sustentados e acima dos custos de produção.

Nestes primeiros meses o Brasil tem exportado pouco, graças a posições mais agressivas de concorrentes – como o Paraguai – e a relação muito ajustada de estoque e demanda no mercado interno. Mas, há uma expectativa de traders de que os volumes reajam fortemente a partir de abril, com a safra colhida e a entrada de produto do Mercosul, se voltarmos a uma condição de normalidade. 

2 Comentários

  • O novo golpe econômico chinês, conhecido por covid19, está surtindo efeito.
    Bagunçou toda economia mundial, baixou todas as cotações da bolsa,está causandoforte impacto na economia global, enquanto isso a China deita e rola, comprando tudo mais barato.
    Esse ano a economia chinesa baterá recorde de crescimento.
    Golpe de mestre.
    Esse vírus imaginário não mata nem doente terminal. Qualquer gripe simples é mais perigosa.
    A China está rindo a toa……

  • Reter cargas pra quê, se vírus circula livre pelo ar, vão deixar população com fome pra verem o q acontece? Mas um golpe pra adquirem comida barata. Essa organização mondial serve pra que? Ela já tem a cura pelo menos pra se mostrar mais eficiente ?!

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