Conab prevê queda de 8,4% na produção de arroz

(Por Planeta Arroz) Em seu penúltimo levantamento da safra de verão 2021/22, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) consolidou números da colheita do arroz e projeta quedas importantes em área (-3,6%), produtividade (-4,9%) e produção (-8,4%). O relatório aponta que com a colheita finalizada no país contata-se a redução de 3,6% na área plantada em comparação à safra anterior, alcançando 1.618 mil hectares, enquanto a produção alcançou 10.783,5 mil toneladas, ou -8,4% em relação à safra 2020/21.

Nas principais áreas de cultivo do Brasil, destacam-se como causas, dependendo da região, a redução na produtividade das lavouras devido à estiagem e, por consequência, a escassez nos níveis dos reservatórios de água para a irrigação, o que afetou também a perda na qualidade dos grãos em parte das safras.

Os técnicos da Conab consideram que em outras áreas, as altas temperaturas no período crítico da floração das plantas prejudicaram o potencial produtivo. Além disso, houve regiões em que a finalização da colheita atrasou devido ao excesso de chuvas, caso do Tocantins entre outros. A área de arroz irrigado foi estimada em 1.302 mil hectares. Quanto ao arroz de sequeiro, manteve-se o histórico de queda da superfície plantada, com -15,5% em relação à safra 2020/21, estimada em 316 mil hectares.

OFERTA E DEMANDA

Com esse perfil na temporada, a Conab estima que a safra 2021/22 de arroz se encerra 8,4% menor que no ciclo 2020/21, projetado em 10,8 milhões de toneladas. Este resultado é reflexo de significativa redução nos rendimentos por área em conjunto com a projeção de menores dimensões das lavouras, com base em relatórios das superintendências regionais. A menor rentabilidade em relação às culturas concorrentes e o incremento significativo nos preços dos insumos atuaram como fatores preponderantes.

Analisando o quadro de oferta e demanda do arroz, os técnicos da companhia nacional concluíram que não houve importantes alterações dos números de julho, com exceção apenas da revisão do consumo da safra 2021/22, que deverá se manter igual ao ano passado. Com essa alteração, estima-se que a safra atual encerre com estoque de passagem de 1.998 mil toneladas, projetando um suprimento total de 14,29 milhões de toneladas e uma demanda de 12,3 milhões.