Divulgado o ranking das 50 maiores indústrias de arroz do RS em 2021
(Por Cleiton Evandro dos Santos/AgroDados/Planeta Arroz) Já são conhecidas as 50 principais indústrias de arroz em volume de beneficiamento em 2021, em ranking divulgado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). O estudo, por enquanto, está resumido a estas 50 empresas, que representam 61 unidades de beneficiamento. Elas foram responsáveis pelo processamento de 4.834.984 toneladas, das 5.531.527 processadas no Rio Grande do Sul neste período, ou 87,4%. Outras 92 empresas respondem por apenas 12,6% do arroz beneficiado, ou 697 mil toneladas, mas esta parte do levantamento ainda não foi detalhada pelo instituto, segundo o presidente Rodrigo Machado. Estes dados passarão por revisões até serem levados à Comissão de Mercado do Irga.
A lista prévia permite observar algumas alterações no quadro e confirma a concentração do setor. As 10 primeiras empresas relacionadas, e suas 17 unidades industriais, são responsáveis por 49,6% de todo o processamento arrozeiro gaúcho. A Camil se mantém mais líder do que nunca ao processar mais de um 1,05 milhão de toneladas, o equivalente a 12,5% do beneficiamento global.
É seguida pela também ultraconsolidada Josapar, com duas indústrias e 421 mil toneladas processadas. Pirahy Alimentos, também com duas unidades, se mantém na terceira posição beneficiando 208,8 mil t, seguida de muito perto pela Arrozeira Pelotas, com 203 mil t beneficiadas, que assumiu a quarta posição do ranking até então ocupada pela Urbano Agroindustrial e suas 183 mil t com apenas uma unidade – em São Gabriel.
A Urbano, porém, poderá retomar a posição e ameaçar também a Pirahy no ranking m futuro próximo, pois está em processo de aquisição da Broto Legal, que aparece na 20ª posição em industrialização de arroz no RS. Somando o desempenho de 2021, Urbano e Broto Legal somariam 243,7 mil toneladas.
Quem também apresentou, no Top 10, uma evolução importante no Rio Grande do Sul foi a Cooperja, cooperativa catarinense com filial em Santo Antônio da Patrulha (RS) que pulou da 10ª para a sexta posição. Trata-se da maior indústria processadora de arroz do Brasil e que tem planos de expansão em três regiões gaúchas com a aquisição de áreas em Camaquã, Cachoeira do Sul e Taquari. Também tiveram avanços importantes a Pilecco Nobre e São João Alimentos. A Coradini Alimentos deu um salto de sete posições, para 13ª. O avanço mais impressionante foi da Broto Legal, que galgou 18 posições, pulando de 38ª para 20ª.
EXPORTAÇÕES
Chama a atenção no ranking o fato de poucas empresas exportadoras constarem da relação. Uma grande empresa catarinense que teve problemas com a receita estadual no ano passado, e constava entre os grandes beneficiadores em 2019, também não figurou no ranking divulgado.