Wilson Vaz de Araújo é nomeado secretário de Política Agrícola

 Wilson Vaz de Araújo é nomeado secretário de Política Agrícola

Wilson Vaz, diretor de Política Agrícola do MAPA. Foto: Ag/Senado

(Por Nayara Figueiredo, Globo Rural) O governo federal nomeou Wilson Vaz de Araújo para exercer o cargo de secretário adjunto da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, após a saída de seu antecessor Neri Geller em meio a polêmicas envolvendo o último leilão para importação de arroz.

Para assumir o posto, Araújo deixa a diretoria do Departamento de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite de sexta-feira (14/6).

Servidor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) cedido à pasta agropecuária há anos, o novo secretário já havia ocupado esta posição no ministério no ano passado, enquanto Geller não era oficializado no cargo.

A saída de Geller foi anunciada nesta semana, pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informando que o então secretário havia pedido demissão. Em seguida, Geller negou ter pedido exoneração do cargo, e disse que soube de seu desligamento “pela imprensa”.

A polêmica ocorreu sob a avaliação do governo de que havia conflito de interesses na participação de Robson França no leilão de arroz, assessor de Geller entre os anos de 2019 e 2020 na Câmara dos Deputados.

França é dono de corretoras que intermediaram a comercialização de 116 mil toneladas de arroz, ou 44% do volume de total negociado na operação. Ele também é presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e sócio de Marcelo Piccini Geller, filho do agora ex-secretário de Política Agrícola, em uma empresa aberta em agosto de 2023 para participar dos leilões da Conab.

Todos eles negam ter havido direcionamento no certame, mas o ponto mais discutido em Brasília tem sido um eventual favorecimento ou uso de influência.

Entenda

O governo federal decidiu anular, na terça-feira (11/6), o leilão para compra pública de arroz realizado pela Conab, depois que empresas alheias ao mercado do cereal venceram o certame e geraram suspeitas sobre o processo licitatório.

O leilão havia sido solicitado por temores de especulação de preço após a tragédia das chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul, maior produtor nacional da cultura. O setor produtivo, porém, é contrário à importação.

Dados do relatório final do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados ontem mostraram que a colheita do Estado encerrou com queda de apenas 1% na safra, a 7,16 milhões de toneladas, mesmo após a quebra na produção.

 

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