Japão e IRRI vão desenvolver sistemas de cultivo de arroz neutros em carbono
(Por Planeta Arroz) O Ministério da Agricultura, Silvicultura e Pesca (MAFF) do Japão, o Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz (IRRI) e parceiros lançaram o projeto “Desenvolvimento de Sistemas de Cultivo de Arroz em Direção à Neutralidade de Carbono e Segurança Alimentar em Países da ASEAN” na Sede do IRRI em Los Baños, Laguna. Esta iniciativa de cinco anos, parte do Programa Regional ASEAN-CGIAR Innovate for Food, visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na produção de arroz, um contribuinte significativo para as emissões agrícolas globais.
O arroz é crucial para a segurança alimentar global, mas também uma grande fonte de emissões de metano, respondendo por cerca de 11% das emissões agrícolas de GEE. O projeto, que começa nas Filipinas e no Vietnã, busca desenvolver práticas agrícolas sustentáveis em todos os países da ASEAN. Os principais objetivos incluem identificar pontos críticos de emissão de GEE por meio da avaliação do ciclo de vida, co-desenvolver práticas de manejo de culturas de baixo carbono e garantir a segurança alimentar de longo prazo, ao mesmo tempo em que se alcança a neutralidade de carbono.
A Dra. Joanna Kane-Potaka destacou a importância do projeto, afirmando: “Este projeto é um marco transformador para a agricultura na região da ASEAN, integrando a sustentabilidade ao cultivo de arroz e reduzindo o impacto ambiental do setor agrícola”. A vice-diretora geral do MAFF, Teruya Sakaida, expressou orgulho pela contribuição do Japão, enfatizando a capacidade do IRRI em dimensionar sistemas de cultivo de arroz de baixo carbono.
O projeto se concentrará no desenvolvimento e teste de práticas agrícolas integradas de baixo carbono, estabelecendo parcerias com partes interessadas e escalando essas inovações em todos os países da ASEAN. Ele visa criar um inventário de tecnologias promissoras, avaliar seu desempenho e publicar descobertas para dar suporte à adoção generalizada. O Dr. Jongsoo Shin do IRRI enfatizou o papel do projeto no combate às mudanças climáticas e no aprimoramento da sustentabilidade agrícola, beneficiando tanto os agricultores quanto o meio ambiente.