Feparroz destaca expansão da rizicultura no Paraguai
(Por UCP) A orizicultura no país vem se expandindo, pois além das áreas características para seu cultivo, foi possível diversificar a região, que hoje tem como principal protagonista o solo do Chaco. Sim, a região Oeste, além de ter terras áridas, mostra que com boas práticas e incorporação de tecnologia isso é possível. Prova disso é que além da pecuária, a agricultura também se alterna com o cultivo do arroz, que vem obtendo resultados animadores, conforme indicou o vice-presidente da Federação Paraguaia dos Produtores de Arroz (Feparroz), Reinerio Franco.
“ El Chaco está ampliando sua área de produção e o potencial é enorme , está crescendo a um ritmo muito importante”, expressou em contato com 650 AM. Embora a referência tenha esclarecido que as principais áreas de cultivo de arroz são Misiones, Ñeembucú e Villeta.
Estatísticas do setor
Franco explicou que na produção de arroz são utilizadas culturas altamente mecanizadas que representam investimentos muito grandes , sobretudo porque utilizam campos marginais que normalmente não são utilizados, transformando-os em áreas de concentração do cereal.
Desta forma, torna-se simultaneamente um importante gerador de renda para as famílias paraguaias, pois além de abastecer o mercado local, é exportado por valores que chegaram a registrar um aumento de 13,9% , acrescentou.
Nesse sentido, segundo estatísticas do setor, entre janeiro e agosto de 2024, foram embarcadas 783.391 toneladas de arroz, o que gerou uma receita de 321.281.932 dólares . O principal comprador é o Brasil, que importou 694.444 toneladas no total.
A produção nacional de arroz continua seu crescimento, com a região do Chaco emergindo como uma nova área-chave. Reinerio Franco, vice-presidente da Feparroz, destaca o ritmo acelerado de expansão, que levou a um aumento de 14% nas exportações durante 2024, consolidando o Brasil como o principal destino.
Este desenvolvimento não só está a aumentar a área cultivada, mas também a impulsionar as exportações de cereais. Até agora, em 2024, as exportações de arroz aumentaram cerca de 14%, atingindo 783.391 toneladas entre janeiro e agosto.
Desse total, o Brasil tem sido um dos principais mercados, com 699.444 toneladas exportadas para o país vizinho. Além disso, as receitas geradas por essas exportações ultrapassaram US$ 321 milhões, consolidando o arroz como produto-chave para a balança comercial paraguaia.
Franco enfatizou que essa expansão não só beneficia os produtores, mas também contribui para o desenvolvimento de novas áreas de cultivo em regiões que não faziam parte anteriormente do mapa do arroz, como o Chaco, que diversifica e fortalece a capacidade produtiva do país.
Por sua vez, o diretor da GP S.A., Fabián Pereira, destacou a importância estratégica do projeto Rota do Arroz na Região Oeste do Paraguai, destacando seu potencial impacto no desenvolvimento econômico e agrícola do país. Ele também enfatizou que esse projeto de infraestrutura é fundamental para reduzir a diferença entre a capital Assunção e o Chaco, uma área de crescente importância para a agricultura paraguaia, especialmente para o cultivo do arroz.
O Chaco paraguaio será o motor do futuro desenvolvimento econômico do país, disse Pereira, enfatizando que o projeto Rota do Arroz permitirá aproveitar o enorme potencial agrícola desta região. Segundo suas estimativas, a nova infraestrutura facilitará o cultivo de cerca de 400 mil hectares de arroz, o que posicionaria o Paraguai como um jogador de destaque na exportação deste cereal na América do Sul. Pereira também se referiu ao impacto social e econômico da rota, que fortalecerá a integração entre Assunção, como capital de consumo, e o Chaco, promovendo uma troca mais ágil de produtos e recursos.
Apesar do entusiasmo, a região irrigada pelo Rio Paraguay e seus afluentes não vive um bom momento. A seca extrema e os incêndios que afetam o Brasil, o Paraguai e a Bolívia estão causando uma redução no volume de água do caudal internacional e, ao mesmo tempo, umam condição de abafamento e sol encoberto pela densa fumaça que se misturou às nuvens. Com isso, dias nublados e restrições à irrigação, podem ser fatores que, pontualmente na safra atual, afetarão a produção paraguaia, cuja área semeada ultrapassou pela primeira vez os 200 mil hectares.