Guillermo O´Brien assume presidência da associação arrozeira do Uruguai

(Por El Observador) O produtor rural e engenheiro agrônomo Guillermo O’Brien, produtor da Vila de Tomás Gomensoro, Departamento de Artigas, é o novo presidente da Associação de Cultivadores de Arroz (ACA) do Uruguai. Ele sucede a Alfredo Lago no exercício da presidência da ACA: “É um orgullo pessoal e familiar”, expressou o novo dirigente.

Ser presidente da ACA, definiu O’Brien,”é um orgulho pessoal e familiar, somos uma família – Guillermo é casado com Verónica Orsi e tem quatro filhos: Rafaela, Felipe, Guillermo e Florencia – que não vêm do tronco arrozeiro, que viemos do segmento agrícola – pecuário, do setor de cultivos de sequeiro, mas a vida nos levou ao arroz e descobrimos uma paixão que temos há 30 anos e agora me toca a honra de seguir, aportando desde a presidência, mas, como sempre aprendemos, integrando uma equipe de trabalho”.

Alfredo Lago, presidente que deixa o cargo, em uma postagem em sua conta da rede social X, respondeu à mensagem que expôs a ACA para informar a conformação da nova diretiva e a definiu como “uma grande equipe”. Lago, integrou a comissão diretiva da associação desde 1994 em três períodos que duraram 22 anos, realizando esse lapso de mais de 50 reuniões com o presidente nas últimas 16.

O’Brien é um engenheiro agrônomo, em 1995 ele ganhou o cultivo arrojado quando exercendo sua profissão começou a trabalhar em uma empresa que desenvolveu um sistema de integração arroz-pecuária no norte do território uruguaio, desde 2010 é produtor independente e remete sua produção para a empresa Saman industrial.

Semeadura de arroz quase completa

Sobre como começou a safra 2024/2025, O’Brien informou que foram semeados até o inicio de dezembro, 99,5% do cultivo em uma área 20% maior que no exercício passado, alcançando 183 mil hectares.

Semeadura em quatro meses

“Foi uma semeadura em condições especiais, muito mais extensa do que o que estamos acostumados, com as primeiras semanas no norte do país a meados de setembro e estamos em dezembro realizando a conclusão em áreas mais complicadas. Passamos de 80% semeados até novembro, no âmbito do que é recomendado como ideal”, observou O’Brien. Acrescentou que, em que pese algum atraso, em geral houve uma implantação muito boa de cultivos.

“Há um bom desenvolvimento dos cultivos, não é algo excepcional, mas bom, porque o arroz o que precisa agora é calor e sol e até em dezembro houve muitos dias mais frescos, mas está por sorte com a proteção de bom tempo, com as condições adequadas, e estamos entrando em condições mais condizentes com um verão, com o qual é maior o potencial dos cultivos”.

Se bem dependesse de como se comportasse o estado do tempo no resto deste ano e nos meses iniciais de 2025, O’Brien projeta uma colheita que não será recorde em quilos por hectare, mas que estará entre os quatro ou cinco melhores da história, tanto que muito possivelmente será registrado, com base na área, um grande volume da colheita por parte dos cerca de 500 produtores.

Do arroz colhido em 2023/2024, restava até o final de novembro cerca 15% (225 mil toneladas) para comercializar.

Existe no final de 2024 um cenário distinto de há poucas semanas, quando se sustenta e por vários meses uma forte demanda e valores muito elevados, o que levou a fixar o preço provisório da bolsa de 50 quilos em US$ 17,15 .

Atualmente há uma situação mais difícil para colocar esse resto, explicado pela abertura do governo da Índia para as exportações, depois de um ano em que havia restrições para a venda e isso mantinha o mercado internacional com alta remuneração.

O’Brien entendeu que é preciso colocar esses 15% antes do início da próxima colheita, em fevereiro, de modo s disponibilizar a capacidade máxima nos silos e assim receber de maneira adequada e o grande volume de arroz que sairá das granjas no próximo ano.

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