Federarroz questiona ausência de dados sobre estoque

 Federarroz questiona ausência de dados sobre estoque

Alexandre Velho, presidente da Federarroz. Divulgação

(Por Thiago Copetti, Correio do Povo) O estoque de arroz no Brasil pode ser o mais baixos dos últimos seis anos, proporcionalmente ao consumo, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). Segundo a instituição, o País conta com 2 milhões de toneladas para abastecer os consumidores até fevereiro deste ano – o que geraria uma relação estoque/consumo de 18,2%, a menor desde a temporada 2018/19.

Porém, o dado divulgado pelo Cepea chegou antes mesmo das estatísticas oficiais, o que causou incerteza sobre a validade dos mesmos, ressaltou o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho. “Nos causa estranheza, primeiro, o fato de a Conab ainda não ter divulgado os dados públicos, sem nenhuma explicação. Com isso, também não sabemos qual a validade do dado do Cepea e porque usam fevereiro como referência”, questiona Velho.

Procurada para esclarecer o questionamento do setor, o Cepea não retornou à solicitação enviada pelo Correio do Povo nesta segunda-feira (6). Já Edgar Pretto, presidente da Conab, informou que o levantamento foi suspenso há quatro anos pelo governo anterior e que a companhia está se reorganizando e estudando métodos para retomar os levantamentos dos estoques de alimentos, que não deve ocorrer neste semestre.

A Federarroz, porém, destacou que o consumo de arroz atualmente é de cerca de 800 mil toneladas mês – não havendo risco de desabastecimento até a entrada da nova safra, em março.

Encerrado nesta semana, o plantio do novo ciclo confirmou as perspectivas de uma área cerca de 15% menor cultivada na Região Central do Estado. Com muitas estruturas destruídas pelas enxurradas de maio do ano passado, a região semeou apenas 84,79% dos 125,8 mil hectares.

 

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