Irga apresentou o Sistema Arroz RS14 na 35ª Abertura da Colheita do Arroz
Princípios do Projeto 10 foram reforçados com novas tecnologias, como a rotação com soja . Foto: Robispierre Giuliani
(Por Mayara Farias, Irga) O novo projeto do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o Sistema Arroz RS14, foi apresentado durante a 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grão em Terras Baixas, em Capão do Leão. O novo projeto foi apresentado pelo gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão, o agrônomo Luiz Fernando Siqueira.
O Sistema Arroz RS14 é um projeto inovador que leva em seu DNA a Resiliência e a Sustentabilidade, já o número 14 diz respeito à capacidade de o sistema elevar a produtividade média das lavouras de arroz no Estado a 14 toneladas por hectare. Atualmente, a produção está em cerca de 8,5 toneladas por hectare.
O projeto consiste do plantio do arroz com a rotação de outras culturas, como soja e milho, bem como as culturas de cobertura, como o trevo-persa, além da integração com a pecuária. Segundo o agrônomo, quando o produtor adota o sistema de produção, a lavoura passa a ter uma produtividade mais uniforme, sofrendo menos com picos de alta e baixa produção. “A lavoura se mantém mais estável ao longo dos anos”, defende o engenheiro agrônomo, destacando que esse sistema já vem sendo trabalhado ao longo dos anos.
O profissional destacou que o Sistema Arroz RS14 já vem mostrando resultados satisfatórios. No município de São Pedro do Sul, um produtor está indo para a nona safra adaptada ao sistema. “Passamos a manejar esse sistema, mais conservacionista, e a área passou a ter um desempenho muito acima da média de todo o Estado”, comemora Siqueira, explicando que o novo sistema representa uma transformação nas áreas de terras baixas, também chamadas de várzea.
A expectativa é que com o novo modelo de produção o Rio Grande do Sul se consolide como referência em termos de média produzida por hectare. “É um projeto extremamente complexo que está demandando de todas as equipes de pesquisa e extensão do Irga, acreditamos que será possível dar um importante salto de qualidade na lavoura do arroz. Estamos bem otimistas com resultados”, ressalta Siqueira.
A palestra contou com a presença de produtores, autoridades do setor, estudantes e imprensa, e demonstra o compromisso do Irga em promover a inovação e o desenvolvimento sustentável do setor.
1 Comentário
Bom dia! Cumprimentos ao palestrante Luiz Fernando pela excelente apresentação.
Pergunto se a equipe do Irga está preparado para o aumento da produção de arroz, que certamente irá ocorrer – quando aumentou de 6.000 kg/ha para 10.000 isso ocorreu e impactou.de forma negativa na receita dos produtores. Para que isso não volte a ocorrer, acredito que se tenha que tirar a visão do arroz somente “da panela”. Isto é, tem -se que diversificar o consumo, transformando o arroz também em pão, biscoito, bolacha, snacks, etanol DDGS ( é sabido que arroz e milho tem os mesmos nutrientes, então é possível, também a alimentação do gado, já que o RS carece de alimentos para a terminação/DDGS). O arroz tem estabilidade de produção, alta produtividade, tecnologia conhecida e baixo risco por intempéries.
O que lhe parece essas considerações? (Pergunta feita, durante o painel, no dia da apresentação)..