O arroz pode alimentar o mundo — mesmo com menos agricultores
(Por Javier Blas, Bloomberg Opinion) Os preços do arroz perto do menor nível em 18 anos sugerem que a crise climática não vai matar o mundo de fome. Em um mundo preocupado com a iminente escassez de alimentos desencadeada pela crise climática, a queda nos preços do arroz — que agora se aproxima do menor nível em 18 anos — é uma evidência de que intervenções governamentais e métodos agrícolas modernos podem salvar o dia. A chave é a produtividade: mais alimentos de menos agricultores.
Em um mundo preocupado com a iminente escassez de alimentos desencadeada pela crise climática, a queda nos preços do arroz — que agora se aproxima do menor nível em 18 anos — é uma evidência de que
intervenções governamentais e métodos agrícolas modernos podem salvar o dia. A chave é a produtividade: mais alimentos de menos agricultores.
Quando pensamos em avanços tecnológicos, o que nos vem à mente são a internet, os smartphones e, agora, a chegada da inteligência artificial. Mas a agricultura passou por uma revolução de produtividade drástica e frequentemente ignorada: ao longo do último século, a produtividade das culturas explodiu.
O arroz é um ótimo exemplo. Em 1975, agricultores em todo o mundo colhiam uma média de 2,4 toneladas métricas por hectare; a produtividade aumentou para 3,8 toneladas em 2000 e hoje quase dobrou, chegando a 4,7 toneladas. Outras culturas, do milho à soja e ao trigo, também apresentaram ganhos massivos, permitindo colheitas maiores mesmo em condições climáticas mais adversas. E esses ganhos
podem ser sustentados.


