Conab projeta redução em 10% na safra nacional de arroz

 Conab projeta redução em 10% na safra nacional de arroz

(Por Planeta Arroz, com Conab) A Conab prevê que a safra brasileira de arroz encolherá 10,1% na temporada 2025/26, alcançando no máximo 11.465,1 milhões de toneladas colhidas. Isso porque está prevendo uma redução de área em 5,6%, para 1.664,7 mil ha e um recuo de 4,8% na produtividade para 6.887 quilos por hectare.

O ciclo da safra 2025/26 teve início, ainda que de forma gradual, com destaque para as áreas de plantio no Paraná e Santa Catarina, já ultrapassando mais de 50% do total previsto para essas regiões. No Rio Grande do Sul, o maior produtor nacional, a semeadura alcança somente um pouco mais que 10% do previsto e há relatos de dificuldades na realização da operação, em algumas áreas, devido aos volumes de chuva que impedem a entrada de maquinário no campo. Contudo, de uma forma geral, a semeadura terá avanço, em âmbito nacional, com a regularidade das chuvas, adequação da janela ideal de plantio e melhoria nas condições mercadológicas do cereal.

Assim, o plantio ainda não teve início nas principais áreas produtoras, como em Tocantins e Mato Grosso.

A estimativa indica uma redução na área de produção em comparação com a safra anterior, tanto no cultivo do arroz de sequeiro quanto sob irrigação, sendo a área de arroz irrigado estimada em 1.319,2 mil hectares, enquanto que no arroz de terras altas a estimativa indica uma área de 345,5 mil hectares, ainda a ser confirmada no decorrer do monitoramento da atual safra.

ANÁLISE ESTADUAL

Rio Grande do Sul: a semeadura da safra 2025/26 teve início na região Sul, Planícies Costeiras Interna e Externa e Central. No total, foram semeados 10% do previsto para o estado. As primeiras áreas semeadas correspondem, principalmente, às cultivadas sob sistema pré-germinado. Ao final de setembro, a região sul era a mais adiantada, com quase 40% da área semeada. As demais regiões já iniciaram a operação, mas ainda não atingiram 10% da área prevista para o plantio.

As chuvas ocorridas na metade final de setembro atrasaram o início da semeadura nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, tradicionalmente mais adiantadas, uma vez que o excesso de água no solo impossibilita a entrada de máquinas nas áreas de plantio.

Em termos de estado, as lavouras semeadas estão em emergência (94% do semeado) e desenvolvimento vegetativo (6% do semeado). A expectativa para esta safra é de redução da área semeada principalmente nas regiões da Planície Costeira Externa, Sul e Fronteira Oeste, principalmente em razão dos altos custos de produção, estoques de passagem de grãos altos e queda acentuada do preço recebido pelo produtor e menor aporte de recursos na implantação das lavouras, especialmente em fertilizantes, o que pode reduzir a expectativa de produtividade.

Santa Catarina: o plantio de arroz no estado iniciou em agosto e deverá se estender até meados de novembro. Nesta safra, a semeadura teve início antecipado, porém a condição climática de frio, ainda presente, atrasa o desenvolvimento das lavouras. As plantas se encontram na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. Tem-se realizado os devidos tratos culturais principalmente na região norte, já que algumas lavouras entraram na fase de perfilhamento.

Nas áreas de plantio da região sul, houve relatos de problemas fitossanitários pontuais devido à ocorrência de caramujos e fungos. Em razão de estoques privados altos, diminuição do consumo do grão e dificuldade de escoamento para outros mercados, os preços pagos ao produtor vêm apresentando tendência de diminuição, tornando uma condição de decisão para o plantio e até menos investimento no pacote tecnológico para implantação das lavouras.

As lavouras seguem em pleno desenvolvimento vegetativo, favorecido pela alta radiação solar. As condições ambientais com boa luminosidade e disponibilidade hídrica, serão propícias para as lavouras expressarem seu potencial produtivo, com ressalva para algumas áreas afetadas por baixas temperaturas, que, além de reduzir o desenvolvimento das plantas, podem comprometer a quantidade de grãos por panícula.

: o arroz irrigado corresponde a 5% da área total de arroz (sequeiro e irrigado) do estado. O cultivo está presente nos municípios de Arari, Vitória do Mearim e Viana, na Baixada Maranhense, no norte do estado; São Mateus do Maranhão, no Médio Mearim, e Grajaú, no Alto Mearim e Grajaú, no centro do estado.

Na safra 2025/26, o plantio de arroz irrigado foi iniciado na última semana de junho de 2025, no município de Arari. Nos meses seguintes, os produtores dos municípios de São Mateus do Maranhão, Grajaú, Vitória do Mearim e Viana, deram andamento na semeadura, estendendo-se até meados de outubro de 2025. As lavouras encontram-se em diferentes estádios fenológicos de emergência, desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos e em boas condições.

A colheita deve iniciar no final de outubro de 2025. O sistema de plantio é convencional, com uso de mudas pré-germinadas. Na presente safra, a área de plantio está estimada em 4,5 mil hectares, com manutenção de área em relação ao ano anterior. Contudo, houve aumento de área nos municípios de Arari e Viana, bem como introdução de novos produtores, mas houve redução de algumas áreas dos municípios de São Mateus do Maranhão e Grajaú, devido condições mercadológicas desfavoráveis.

Quanto ao plantio do arroz de sequeiro, a operação será realizada somente a partir de dezembro de 2025, estendendo-se até fevereiro de 2026, dependendo do regime das chuvas em cada região do estado. O cultivo de arroz sequeiro é realizado em todas as regiões do estado, normalmente em lavouras de pequena escala, por agricultores familiares, e consorciado com diversas culturas temporárias, como milho, feijão-caupi e mandioca. A produção de arroz é voltada para o consumo próprio, com comercialização do excedente produzido.

Também há o cultivo de arroz de sequeiro no estado para abertura de áreas para plantio de soja, por médios e grandes agricultores, sendo um cultivo sazonal. Para a safra 2025/26, estima-se uma redução na área de plantio em relação à safra anterior em razão de alguns fatores como baixos preços praticados no mercado e substituição/rotação de cultura.

1 Comentário

  • Seguem faltando com a verdade! A redução será de 20%…

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