Epagri celebra 50 anos de pesquisas com evento sobre o futuro do setor

 Epagri celebra 50 anos de pesquisas com evento sobre o futuro do setor

O secretário de Estado da Agricultura, Carlos Chiodini, participou da abertura do evento (Foto: Andreia Oliveira)

(Por Estela Benetti, NSC) A pesquisa pública agropecuária de Santa Catarina chegou a cinco décadas com projeção nacional e internacional. No Seminário Estadual de Inovação e Sustentabilidade na Pesquisa Agropecuária: Desafios e Oportunidades, que começou segunda-feira e se encerrou nesta quinta-feira, no Sesc Cacupé, em Florianópolis, os pesquisadores da companhia discutiram o futuro do setor. Também foram informados de que o estado seguirá investindo em mais contratações para a Epagri e em pesquisas.

Os 50 anos de pesquisa da Epagri são uma data de profunda reflexão. Primeiro, pelo legado e as conquistas que a pesquisa nos trouxe até aqui. Segundo, pelo reconhecimento da grande responsabilidade de continuar nesse caminho, fortalecer os investimentos, os centros de pesquisas, fortalecer o quadro de colaboradores, as condições de trabalho, inovar na forma de contratação de pesquisas, caminhando para mais parcerias com o setor produtivo – afirmou o secretário de Estado da Agricultura, Carlos Chiodini, no evento.

O secretário destaca que o mercado mundial do agronegócio tem demanda gigante. Mas para SC avançar na produção precisa investir mais em pesquisas para ter tecnologias inovadoras. Também precisa investir para superar dificuldades de infraestrutura, o que vem sendo feito com o programa Estrada Boa.

O governo catarinense criou 1975 a Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária (Empasc), dando início às pesquisas. Em 1991, a Empasc foi unida à Acaresc (empresa de extensão rural) formando a Epagri.

– A pesquisa agropecuária de Santa Catarina faz história. O desenvolvimento catarinense passa muito por isso. E, às vezes, a história até se confunde porque os grandes saltos que nós tivemos na agricultura catarinense se reportam na década de 70, 80, 90. Nessa fase, sugiram novas cultivares de arroz, novas tecnologias de produção. Um exemplo é o arroz pré-germinado. A pesquisa de SC também fez grandes inovações para maçã e cebola – disse Dirceu Leite, presidente da Epagri.

De acordo com ele, um fato importante para a Epagri é que estão sendo contratados 149 novos profissionais para a empresa, que foram aprovados no concurso de 2022. O objetivo é renovar equipes porque vários servidores estão se aposentando. Além disso, a Epagri teve um acréscimo de pessoal porque assumiu as escolas técnicas agrícolas e incorporou mais de 50 professores.

– Então, a Epagri não vai diminuir, pelo contrário. A gente está conseguindo fazer ela aumentar. A chegada de novos pesquisadores garante a continuidade de pesquisas, o que é fundamental – observou o presidente.

A Epagri conta hoje com equipe de 144 pesquisadores e tem à frente da diretoria de Ciência, Tecnologia e Inovação o engenheiro agrônomo Reney Dorow. Em 50 anos, os pesquisadores da empresa acumularam resultados científicos relevantes: registraram 531 novas tecnologias e mais de 20 mil publicações técnicas e científicas. Atualmente, contam com 115 linhas de pesquisas ativas em diversas áreas, incluindo genética vegetal, agricultura digital, gestão da água, socioeconomia rural e preservação ambiental.

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