A busca por qualidade e produtividade
Os objetivos do melhoramento genético são o aumento da produtividade e o melhoramento da qualidade do grão. Os resultados podem ser mais facilmente visualizados comparando-se os dados das safras de 1922/23, 1982/82 e 2002/03, registrados pelo Irga.
Entre oito e 10 anos: esse é o período médio que se leva para pesquisar uma cultivar de arroz e lançá-la no mercado. Isso sem falar no investimento financeiro. O Instituto Riograndense do Arroz (IRGA), por exemplo, gasta em torno de R$ 7 milhões por ano com esse tipo de atividade, incluindo os custos com o manejo.
Os objetivos do melhoramento genético são o aumento da produtividade e o melhoramento da qualidade do grão. Os resultados podem ser mais facilmente visualizados comparando-se os dados das safras de 1922/23, 1982/82 e 2002/03, registrados pelo Irga.
No início do século XX, por exemplo, a área de arroz irrigado no Rio Grande do Sul foi de 84,88 mil hectares, com uma produção de 184.850 toneladas. A produtividade na safra 1922/23 mal superou os 2 mil kg/ha.
Na década de 80, houve um incremento significativo na área cultivada, que passou para mais de 669 mil hectares, e na produção, em torno dos 2,8 milhões de toneladas. A produtividade dobrou nesses 60 anos e ficou em torno dos 4 mil kg/ha.
Já a safra do ano passado (2002/03) quase ocupou a área de um milhão de hectares no estado. A produtividade foi de, aproximadamente, 5 milhões de toneladas e a produtividade média, cerca de 5 mil kg/ha.
Em quatro hectares da propriedade dos irmãos Zanetti, o Comitê Gestor da 14a Abertura Oficial da Colheita do Arroz (14a AOCA), que acontece de 5 a 7 de março, no município de Santa Vitória do Palmar/RS, vai erguer uma Cidade de Lona. Nela serão destinadas 19 parcelas de 180 m2 para demonstrar cultivares do Irga, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria do Uruguai (Inia) e das empresas Bayer e RiceTec.
Tanto as entidades públicas quanto as empresas privadas vão apresentar variedades que já estão disponíveis no mercado. Algumas dessas cultivares são híbridas (como a Avaxi e a Tuno-CL da RiceTec), outras são mais tolerantes a determinados tipos de herbicidas (como a Irga 422-CL), mas todas foram pesquisadas e desenvolvidas, durante anos, para aumentar a produtividade e melhorar o padrão de qualidade.