A dobradinha da RiceTec

 A dobradinha da RiceTec

Híbridos: portfólio da RiceTec vai crescer

Líder em arroz híbrido,
multinacional prepara
ferramentas antirresistência.

A RiceTec, maior companhia de sementes de arroz híbrido das américas, está preparando três novidades que devem chegar ao Brasil nas próximas cinco safras e prometem reforçar o combate às plantas invasoras. Após fechar uma parceria com a multinacional israelense de defensivos Adama, a empresa busca reposicionar-se no mercado e deve chegar com força às lavouras do Mercosul, em especial no Rio Grande do Sul.

A primeira das tecnologias que deve chegar ao Brasil já nas próximas safras é a FullPage, um sistema de proteção aos cultivos que já foi adotado nos Estados Unidos. Trata-se de uma solução de tolerância das plantas baseada na resistência aos herbicidas do grupo da imidazolinonas. Versão do sistema Clearfield, a tecnologia vai incorporar aos híbridos da RiceTec a resistência aos herbicidas imazethapyr e imazamox, um pré e um pós-emergente.

Nos Estados Unidos esta é a segunda safra com o FullPage, mas em áreas limitadas, que devem ser ampliadas na próxima temporada. Nos centros de pesquisa da RiceTec no Brasil já existem testes em andamento para validação da tecnologia e produção de sementes com características adaptadas a solo, clima e demais exigências do Mercosul.

MAX-ACE
Uma das grandes tecnologias que a RiceTec tem na manga e deve lançar nas próximas safras no Brasil, antes mesmo dos Estados Unidos, é o sistema Max-Ace. Trata-se de um programa de controle de plantas daninhas em pré-emergência, capaz de controlar com eficiência o arroz vermelho e o capim arroz. Também será associado a híbridos resistentes a herbicida.

“Para quem faz rotação com soja, será uma ferramenta eficiente a mais, mas aquele produtor que precisa rotacionar o herbicida, será muito importante”, resume Cyrano Busatto, coordenador de Desenvolvimento de Produtos da RiceTec, que esteve recentemente nos Estados Unidos em treinamento que também envolveu estratégias para o novo produto.

Há uma parte das lavouras em todo o Mercosul que não pode buscar rotação com outras culturas e é difícil manter a sustentabilidade apenas repetindo área de arroz. Cria-se o ambiente para o surgimento de resistências diversas.

Segundo Busatto, mesmo aquele agricultor que busca elevar a produtividade com uso de sementes híbridas, pode ter o resultado da colheita comprometido se a área plantada estiver com infestação de plantas daninhas.

Segundo ele, as duas ferramentas que a empresa deverá lançar ampliarão o leque de ações para que o rizicultor possa vencer novas batalhas contra as invasoras, desde que o sistema seja usado segundo as recomendações e em sintonia com outros mecanismos.

Com estes dois produtos, a RiceTec também muda seu posicionamento estratégico e deverá avançar no mercado de sementes no Mercosul, onde já é líder em híbridos, segundo avaliação de integrantes da cadeia produtiva.

FIQUE DE OLHO
Um terceiro sistema de alta eficiência no controle do arroz vermelho já está sendo testado pela RiceTec no Brasil, mas ainda é guardado a sete chaves pela empresa.

QUESTÃO BÁSICA
O sistema Clearfield é a principal tecnologia para controle de invasoras da orizicultura das américas e usa herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS) em pré e pós-emergência, mesmo mecanismo apresentado no FullPage da RiceTec e Adama. O Max-Ace é um pós-emergente da linha dos herbicidas inibidores da enzima acetil-coenzima-A carboxilase (ACCase), portanto, tem outro modo de agir contra as invasoras.

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